segunda-feira, 30 de abril de 2007

"NINGUÉM PODIA DEITAR NA REDE, PORQUE NA CASA NÃO TINHA PAREDE..."


Não sou muito simpatizante das segundas-feiras, mas essa foi uma das melhores! Papai finalmente teve alta daquele hospital e já está em casa. Depois de 20 dias internado, é óbvio que ele está ainda debilitado, bem mais magro, muito cansado, mas creio que daqui pra frente a evolução será melhor. A própria cama e o carinho da família - até mesmo os latidos de Téo - serão seus melhores remédios!

Agora posso voltar ao desafio de preparar esse bendito casamento, num tempo cada vez mais recorde. Nossa casa, por enquanto, está igual à de Vinícius - "não tinha teto, não tinha nada..." - mas, em compensação, se projeto fosse dinheiro eu e o Capitão seríamos milionários! Ô menino pra sonhar, meu Deus!...

Iremos ao cartório nesta quarta-feira, dar entrada nos documentos. E iremos também ver os detalhes com o fotógrafo (que eu nem sei o nome ainda...)! Neste mês ainda vou entregar os documentos na Igreja (pra ouvir antes da missa "Com o favor de Deus e da Santa Madre Igreja querem se casar: Amilson Batista Simões e Marcella Nathaly de Lima Albuquerque..." :D), comprar o tecido pro meu vestido, comprar a roupinha da minha daminha linda, mandar fazer os convites e fechar a lista de presentes! AI!!!!

Meu chá bar foi adiado para junho ou julho (provavelmente este último), porque agora eu tenho zilhões de coisas da faculdade pra fazer (afinal, ainda estudo, faço prova, essas coisas...) e vou estar menos ocupada perto do casamento (que contradição!...).

Aliás, é bom eu tomar tento nessa coisa de estudar, porque vontade não está dando não... Mas obrigação é obrigação!

Ai, como estou mais leve!...

De volta ao Veleiro!... :)

terça-feira, 24 de abril de 2007

EM OFF!

Está impossível atualizar isso aqui. Não tenho tido horas tranqüilas no meu dia. Desculpem, mas passo assim que possível...

sábado, 21 de abril de 2007

COMO DIZ FÓCRATES: É SODA!


O esquema de fila coletiva não funcionou na prova de Neuro de ontem. Primeiro porque a organização não foi suficiente, e aí concordo com Ivo: ninguém quis se reunir durante toda a semana para dividir funções. Na hora saiu uma bagunça. O povo inventou de levar um bolo de aniversário para um dos colegas (tudo mentira), na intenção de distrair o professor e roubar o gabarito; não deu certo: ele percebeu e ficou uma fera... Aí o plano B seria repassar as respostas para toda a turma. Cada um só precisava estudar um assunto, previamente estabelecido, e o resto das respostas seria distribuída coletivamente. Seria...

Pra falar a verdade, quem nasceu pra lagartixa nunca chega a jacaré. Esse é meu caso. Nasci pra ser besta, morrerei besta, e em matéria de fila sou um zero à esquerda desde os tempos do colégio. Tenho tanto medo de ser pega e acho essa atitude um sinal tão grande de desonestidade que simplesmente não filo. E não tenho tido grandes compensações por isso. Geralmente estudo muito e tiro notas baixas, ao contrário dos meus colegas adeptos da prática. Também não adianta vir dizer que o futuro irá separar o joio do trigo, e eu serei uma profissional competente, enquanto eles serão um fracasso. O que acontece no mundo real é que os espertos sempre saem ganhando, e provavelmente eu iniciarei minha vida profissional dando plantão no SUS, enquanto meus colegas abrirão suas clínicas particulares no Boa Viagem Medical Center...

Mas Neurologia é um assunto à parte, e não iria dar tempo de estudar tudo mesmo, além de que estou passando muito tempo no hospital com papai, o que piorava as coisas. Então, estudei só o cerebelo e esperei pelo milagre. Mas o milagre não veio. E não veio só para mim.

Os lugares já estavam marcados e me colocaram pra sentar na primeira cadeira, porque aí eu não precisaria repassar o gabarito para mais ninguém (devido à minha falta de experiência com a coisa...), apenas receberia da pessoa que estivesse atrás. Eu sei que na hora o gabarito não seguiu a ordem que estava estabelecida, e foi um tal de "cada um por si e pelos seus", de modo que eu fiquei esperando, esperando, e nada das respostas chegarem até mim... A prova tinha 40 questões: apenas uma foi sobre cerebelo. 39 eram sobre coisas que eu não sabia nem pra onde iam. Fiz a prova eu e Deus, mas Ele é o autor da obra, e não era possível que não soubesse nada sobre o funcionamento do corpo que Ele mesmo criou! Dessa forma, acertei 18 questões e fiquei com 4,5.

"Os meus", que poderiam repassar o gabarito, estavam sentados do outro lado da sala. Mas antes da prova, de madrugada, quando eu estava estudando e com o MSN ligado, pedi a Ivo pra repassar as respostas pelo celular. Tudo combinado, fiquei até tranqüila: caso nada dê certo, Ivo vai passar o gabarito dele pra mim. Agora pergunto: passasse? Nem ele.

Então o pior de tudo não é ter tirado a menor nota da sala porque o gabarito não chegou até mim (aliás, considerando a minha situação, minha nota foi excelente!): o pior é ter sido esquecida. NINGUÉM lembrou que eu existo, NINGUÉM se preocupou em passar o gabarito pra mim. As pessoas partilharam entre si quando viram que o esquema não sairia certo: Fulana conseguiu ver as respostas de Beltrana e passou para Sicrana e Xucrutes, que eram suas amigas. Nenhum cristão lembrou de passar pra Marcella.

É muito bom ligar pra Marcella de madrugada e pedir pra que ela falte à aula das 8 pra ficar revisando com ela até a prova das 10. E Marcella já fez isso várias vezes. Ou chegar ao meio-dia dizendo que não vai fazer a prova porque não estudou, e Marcella se prontificar a fazer um super-resumo do assunto e deixar que a pessoa veja as respostas na hora da prova. Nesse momento Marcella é sempre lembrada. Mas na hora que a farinha estava pouca, ninguém se lembrou de fazer um pirãozinho pra Marcella também (meu ditado favorito!...). Depois vem com cara de pecador arrependido, pedir desculpas, dizer que pensou em passar o gabarito (mas não passou...), e coisa e tal. Mas quem tirou o 4,5 e vai se f... agora é Marcella!

Essa história de papai internado à espera da visita do seu médico (que nunca aparece) e de vizinhos bisbilhoteiros à procura de informações (certamente na intenção de mandar lavar com antecedência o vestido preto pro velório...) tem me mostrado que amigo de verdade é coisa difícil de achar. E graças a Deus eu tenho alguns. Aliás, retificando um post anterior: é preciso cuidado pra não misturar afinidade com resquícios de safadeza antiga. Acho que isso andou sendo confundido por aqui...

Agora uma notícia boa:

Eu e o Capitão decidimos (agora DEFINITIVAMENTE) reformar a antiga casa da avó dele para morarmos lá. Já fizemos o projeto (tão lindo...) e o orçamento. As obras já começam hoje (fez sol!)!!! Estou feliz!!! :)

Beijão!

quinta-feira, 19 de abril de 2007

SEGURA NA MÃO DE DEUS E VAI...


Papai está internado há 9 dias e todos nós já estamos começando a dar sinais de cansaço, inclusive ele. O ambiente hospitalar é triste e frio, mesmo para quem já está acostumado com aquelas paredes. Papai anda tristinho, desanimado, até mesmo descrente de alguma recuperação. A dor não passa, mesmo sob fortes doses de analgésicos. Ele não consegue caminhar sozinho, não consegue ajeitar-se na cama, e tudo isso contribui ainda mais para a sua falta de vontade de continuar...

Meu pai tem 71 anos, mas quem o conhece sabe que ele sempre recusou-se a entrar na "3ª idade". Saía quase todos os dias pra comprar o que quer que estivesse faltando aqui em casa, ia no mercado, resolvia as broncas dele no hospital (aposentou-se há quase 20 anos, mas nunca deixou de freqüentar o HC), enchia o meu Passe Fácil e o de Mellina. Era um homem ativo, que nunca quis depender de ninguém. Agora está preso a uma cama, sob os cuidados de outras pessoas, necessitando de ajuda até para fazer as necessidades mais básicas. E dor, todo mundo sabe, dor não deixa ninguém viver em paz.

O médico que tratou papai durante esse últimos 5 anos é um homem ausente. Isso eu sempre achei, mas papai não. Agora está sofrendo as conseqüências: em 9 dias de internação, ele não apareceu uma só vez no hospital. Papai está decepcionado. Mesmo com os residentes de Urologia cuidando dele, nada pode ser feito sem a autorização do médico assistente, e ninguém consegue se comunicar com ele.

Como estudante de medicina, a cobrança inevitavelmente vem para o meu lado: vá atrás do médico, discuta o caso com ele, cobre atitudes! Eu seria uma pessoa feliz se fosse assim tão ativa, mas não sou. Infelizmente o máximo que eu consigo fazer, já estou fazendo... :(

E amanhã tem prova de Neuro. Já disse que se o esquema super-organizado de fila da sala não funcionar, eu vou tirar zero. Não tive como estudar nessas 2 semanas. A cabeça não colabora. Sinto muito.

Mas, sabe? Deus cuida de todos nós...

Se as águas do mar da vida quiserem te afogar
Segura na mão de Deus e vai...
Se as tristezas dessa vida quiserem te sufocar
Segura na mão de Deus e vai

Segura na mão de Deus, segura na mão de Deus
Pois ela, ela te sustentará!
Não temas, segue adiante e não olhes para trás
Segura na mão de Deus e vai!

Se a jornada é pesada e te cansas da caminhada
Segura na mão de Deus e vai
Orando, jejuando, confiando e confessando
Segura na mão de Deus e vai

Segura na mão de Deus, segura na mão de Deus
Pois ela, ela te sustentará!
Não temas, segue adiante e não olhes para trás
Segura na mão de Deus e vai!...

domingo, 15 de abril de 2007

COMA O MORANGO!


Um sujeito estava caindo em um barranco e se agarrou às raízes de uma árvore.
Em cima do barranco havia um urso imenso querendo devorá-lo. O urso rosnava, mostrava os dentes, babava de ansiedade pelo prato que tinha à sua frente. Embaixo, prontas para engoli-lo, quando caísse, estavam nada mais nada menos do que seis onças tremendamente famintas. Ele erguia a cabeça, olhava para cima e via o urso rosnando. Quando o urso dava uma folga, ouvia o urro das onças, próximas do seu pé. As onças embaixo querendo comê-lo e o urso em cima querendo devorá-lo.
Em determinado momento, ele olhou para o lado esquerdo e viu um morango vermelho, lindo, com aquelas escamas douradas refletindo o sol. Num esforço supremo, apoiou seu corpo, sustentado apenas pela mão direita, e, com a esquerda, pegou o morango. Quando pôde olhá-lo melhor, ficou inebriado com sua beleza. Então, levou o morango à boca e se deliciou com o sabor doce e suculento. Foi um prazer supremo comer aquele morango tão gostoso.
Deu para entender?
Talvez você me pergunte: "Mas, e o urso?" Dane-se o urso e coma o morango!
E as onças? Azar das onças, coma o morango!
Às vezes, você está em sua casa no final de semana, com seus filhos e amigos, comendo um churrasco. Percebendo seu mau humor, sua esposa lhe diz: "Meu bem, relaxe e aproveite o Domingo". E você, chateado, responde: "Como posso curtir o Domingo se amanhã vai ter um monte de ursos querendo me pegar na empresa?"
Relaxe e viva um dia por vez: coma o morango.
Problemas acontecem na vida de todos nós, até o último suspiro. Sempre existirão ursos querendo comer nossas cabeças e onças a arrancar nossos pés. Isso faz parte da vida e é importante que saibamos viver dentro desse cenário. Mas nós precisamos saber comer os morangos, sempre. A gente não pode deixar de comê-los só porque existem ursos e onças.
Você pode argumentar: "Eu tenho muitos problemas para resolver."
Problemas não impedem ninguém de ser feliz.
O fato de seu chefe ser um chato não é motivo para você deixar de gostar de seu trabalho. O fato de sua mulher estar com tensão pré-menstrual não os impede de tomar sorvete juntos. O fato de seu filho ir mal na escola não é razão para não dar um passeio pelo campo.
Coma o morango, não deixe que ele escape. Poderá não haver outra oportunidade de experimentar algo tão saboroso. Saboreie os bons momentos.
Sempre existirão ursos, onças e morangos. Eles fazem parte da vida. Mas o importante é saber aproveitar o morango. Porque o urso e a onça não dá para aproveitar. Coma o morango quando ele aparecer. Não deixe para depois.
O melhor momento para ser feliz é agora.
O futuro é uma ilusão que sempre será diferente do que imaginamos.
As pessoas vêem o sucesso como uma miragem. Como aquela história da cenoura pendurada na frente do burro que nunca a alcança. As pessoas visualizam metas e, quando as realizam, descobrem que elas não trouxeram felicidade.
Então, continuam avançando e inventam outras metas que também não as tornam felizes. Vivem esperando o dia em que alcançarão algo que as deixará felizes.
Elas esquecem que a felicidade é construída todos os dias.
A felicidade não é algo que você vai conquistar fora de você...
R. Shinyashiki

Boa semana de prova de Neuro pra todo mundo! :)

sábado, 14 de abril de 2007

EU JOGUEI PEDRA NA CRUZ...


Copiando e colando, inclusive com os erros de português..

"Olá!Poxa essa prova de vcs está deixando até eu preoculpada, cuide de jr pra me tá.Um abraço, e tenha uma boa prova sexta."

Cuide de Jr pra mim??? Pelo amor de Deus! SOCORROOOOOOO!!!!

Só mesmo lendo essas coisas que de vez em quando aparecem no Orkut pra dar uma relaxada e rir um pouquinho... É o que eu sempre digo: as crianças, com sua inocência, é que são felizes!...

Estou aqui procurando uma porcaria de figura pra colocar nesse post e não acho!... Ah, meu saco...

Essa vida, sei não, é pra lascar... Estou tentando agora colocar as idéias em ordem antes de voltar aos estudos de Neurologia. Fica difícil quando tenho que passar quase o dia todo no hospital. Mas essa não é a hora para pensamentos difíceis.

E essa do Orkut agora!... Eu devo merecer...

Capitão que viajou à Paraíba, cadê você nessa noite de sábado? O mundo é grande demais quando não estamos perto um do outro! Dá até medo!

Chega! Vamos todos cuidar da vida!

sexta-feira, 13 de abril de 2007

NOTÍCIAS

Papai está internado desde sexta-feira e por isso eu não estou com muita vontade de conversar. Parece que quando aparece um problema toda a vida vira de cabeça pra baixo. Tem momentos em que ele está bem, mas na maioria das vezes sente muita dor e permanece dormindo ou desorientado. Nada bom ver seu pai assim...
Além disso, Neurologia consumindo o juízo. E como se não bastassem ainda existem aquelas dificuldades com as quais você desistiu de lutar. Não, não vou falar nelas...
Passei pelo Veleiro só para atualizá-lo, ainda que as notícias não sejam boas. Mas a vida é assim. O resto, só com a Graça Divina mesmo...

quinta-feira, 12 de abril de 2007

"EU NÃO SEI PARAR DE TE OLHAR..."


Eu gosto tanto de você
Que até prefiro esconder
Deixo assim ficar subentendido

Como uma idéia que existe na cabeça
E não tem a menor obrigação de acontecer

Eu acho tão bonito
Isto de ser abstrato baby
A beleza é mesmo tão fugaz

É uma idéia que existe na cabeça
E não tem a menor pretensão de acontecer

Pode até parecer fraqueza
Pois que seja fraqueza então!
A alegria que me dá
Isso vai sem eu dizer

Se amanhã não for nada disso
Caberá só a mim esquecer
O que eu ganho, o que eu perco
Ninguém precisa saber


Eu, prisioneiro meu
Descobri no breu
Uma constelação

Céus
Conheci os céus
Pelos olhos seus
Véu de contemplação

Deus condenado eu fui
A forjar o amor
No aço do rancor
E a transpor as leis
Mesquinhas dos mortais

Vou
Entre a redenção
E o esplendor de por você viver

Sim
Quis sair de mim
Esquecer quem sou
E respirar por ti
E assim transpor as leis
Mesquinhas dos mortais

Agoniza virgem fênix o amor
Entre cinzas arco-íris esplendor
Por viver as juras de satisfazer o ego mortal

Coisa pequenina
Centelha divina
Renasceu das cinzas

Onde foi ruína
Passaro ferido
Hoje é paraíso

Luz da minha vida
Pedra de alquimia
Tudo que eu queria
Renascer das cinzas

Quando o frio vem nos aquecer o coração
Quando a noite faz nascer a luz na escuridão
E a dor revela a mais esplendida emoção
O amor ...

segunda-feira, 9 de abril de 2007

HAVE YOU REALLY EVER LOVED A WOMAN?


(Eu tinha que escrever 2 posts porque senão iria ficar muito comprido...)

Você Realmente Já Amou Uma Mulher?

Para realmente amar uma mulher, para compreendê-la,
Você precisa conhecê-la profundamente por dentro,
Ouvir cada pensamento, ver cada sonho,
E dar-lhe asas quando ela quiser voar.
Então, quando você se achar repousando
Desamparado nos braços dela,
Você saberá que realmente ama uma mulher...
Quando você ama uma mulher,
Você lhe diz que ela realmente é desejada.
Quando você ama uma mulher,
Você lhe diz que ela é a única
Pois ela precisa de alguém para dizer-lhe
Que vai durar para sempre.
Então diga-me: você realmente,
Realmente, realmente já amou uma mulher?
Para realmente amar uma mulher,
Deixe-a segurar você,
Até que você saiba como ela precisa ser tocada.
Você precisa respirá-la, realmente saborea-la
Até que você possa sentí-la em seu sangue.
E quando você puder ver
Suas crianças que ainda não nasceram dentro dos olhos dela,
Você saberá que realmente ama uma mulher
Você precisa dar-lhe um pouco de confiança
Segurá-la bem apertado,
Um pouco de ternura, precisa tratá-la bem.
Ela estará perto de você, cuidando bem de você,
Você realmente precisa amar uma mulher...
Então, quando você se achar repousando
Desamparado nos braços dela,
Você saberá que realmente ama uma mulher...
Então diga-me: você realmente,
Realmente, realmente já amou uma mulher?
Então diga-me: você realmente,
Realmente, realmente já amou uma mulher?

Don Juan DeMarco: já assistiram? Assistam. De preferência ao lado do noivo, marido, namorado ou coisa parecida... ;)

PORQUE ALGUMAS PESSOAS PODEM SER ESPECIAIS PARA SEMPRE...


Eu não quero escrever outro post arrodeado porque preciso de serenidade e paz para estudar milhões de páginas de Neuro e um seminário de DIP para amanhã. Depois, como disse Mônica no comentário do post anterior, o importante é o noivado!

Eu acredito no Amor porque o vivo intensamente todos os dias, mesmo que em pensamento, mesmo que ainda não possa amanhecer ao lado do meu Capitão querido. Mas eu também acredito na Afinidade e no texto de Artur da Távola. Meu Deus, eu acredito em cada palavra do texto de Artur da Távola! Quisera que todos entendessem as coisas desse jeito!...

Pois é, Afinidade... Quase-Amor...

AFINIDADE
A afinidade não é o mais brilhante, mas o mais sutil, delicado e penetrante dos sentimentos.
O mais independente. Não importa o tempo, a ausência, os adiamentos, as distâncias, as impossibilidades.
Quando há afinidade, qualquer reencontro retoma a relação, o diálogo, a conversa, o afeto, no exato ponto em que foi interrompido.
Afinidade é não haver tempo mediando a vida.
É uma vitória do adivinhado sobre o real.
Do subjetivo sobre o objetivo.
Do permanente sobre o passageiro.
Do básico sobre o superficial.
Ter afinidade é muito raro.
Mas quando existe não precisa de códigos verbais para se manifestar.
Existia antes do conhecimento, irradia durante e permanece depois que as pessoas deixaram de estar juntas.
O que você tem dificuldade de expressar a um não afim, sai simples e claro diante de alguém com quem você tem afinidade.
Afinidade é ficar longe pensando parecido a respeito dos mesmos fatos que impressionam, comovem ou mobilizam.
É ficar conversando sem trocar palavra.
É receber o que vem do outro com aceitação anterior ao entendimento.
Afinidade é sentir com.
Nem sentir contra, nem sentir para, nem sentir por, nem sentir pelo.
Quanta gente ama loucamente, mas sente contra o ser amado.
Quantos amam e sentem para o ser amado, não para eles próprios.
Sentir com é não ter necessidade de explicar o que está sentindo.
É olhar e perceber.
É mais calar do que falar.
Ou quando é falar, jamais explicar, apenas afirmar.
Afinidade é jamais sentir por.
Quem sente por, confunde afinidade com masoquismo.
Mas quem sente com, avalia sem se contaminar.
Compreende sem ocupar o lugar do outro.
Aceita para poder questionar.
Quem não tem afinidade, questiona por não aceitar.
Só entra em relação rica e saudável com o outro, quem aceita para poder questionar.
Não sei se sou claro: quem aceita para poder questionar, não nega ao outro a possibilidade de ser o que é, como é, da maneira que é.
E, aceitando-o, aí sim, pode questionar, até duramente, se for o caso.
Isso é afinidade.
Mas o habitual é vermos alguém questionar porque não aceita o outro como ele é.
Por isso, aliás, questiona.
Questionamento de afins, eis a (in)fluência.Questionamento de não afins, eis a guerra.
A afinidade não precisa do amor.
Pode existir com ou sem ele.
Independente dele.
A quilômetros de distância.
Na maneira de falar, de escrever, de andar, de respirar.
Há afinidade por pessoas a quem apenas vemos passar,
por vizinhos com quem nunca falamos e de quem nada sabemos.
Há afinidade com pessoas de outros continentes a quem nunca vemos, veremos ou falaremos.
Quem pode afirmar que, durante o sono, fluidos nossos não saem para buscar sintomas com pessoas distantes, com amigos a quem não vemos, com amores latentes, com irmãos do não vivido?
A afinidade é singular, discreta e independente, porque não precisa do tempo para existir.Vinte anos sem ver aquela pessoa com quem se estabeleceu o vínculo da afinidade!
No dia em que a vir de novo, você vai prosseguir a relação exatamente do ponto em que parou.
Afinidade é a adivinhação de essências não conhecidas nem pelas pessoas que as têm.
Afinidade é ter perdas semelhantes e iguais esperanças, é conversar no silêncio, tanto das possibilidades exercidas, quantos das impossibilidades vividas.
Afinidade é retomar a relação do ponto em que parou, sem lamentar o tempo da separação.
Porque tempo e separação nunca existiram.
Foram apenas a oportunidade dada (tirada) pela vida, para que a maturação comum pudesse se dar.
E para que cada pessoa pudesse e possa ser, cada vez mais,a expressão do outro sob a forma ampliada e refletida do eu individual aprimorado.

domingo, 8 de abril de 2007

TÁ, JÁ VI QUE É QUASE SEGUNDA-FEIRA!

Eu odeio computadores! Problema em cima de problema, quando você pensa que resolveu começa tudo de novo! AAAAAAAAAAAAA
Meu mouse novo, dividido em 2 prestações no Hiper, anda sozinho e sem parar pela tela, e eu não consigo fazer nada! Parece pegadinha! Que ódio!
É, já está dando pra perceber que acabou o feriado e a realidade está de volta novamente...
Boa semana a todos...

quinta-feira, 5 de abril de 2007

FERIADO É FERIADO, E COISA E TAL...


Hoje deveria ser o início do meu feriado, mas resolvi fazer medicina, e parece que não existem essas coisas no mundo... Tive aula de Neuro às 7 da manhã, à noite tenho plantão no Otávio de Freitas e amanhã no HR. Ou seja, feriado: o que é isso?

Neurologia é a disciplina mais temida do curso. Se vocês acharam que eu já me estressei o suficiente nos últimos 7 períodos, podem ter certeza de que não viram nada. Em Neuro só o aluno laureado consegue tirar 5,0: o resto amarga notas parecidas com 1, 2... Os mais estressados já começaram a se desesperar (eu sei de um que, no 2º dia de aulas já estava à beira de um ataque de nervos...), mas eu, uma pessoa calma e tranqüila, estou aqui escrevendo no Veleiro. O poço da serenidade...

Só um comentário sem maiores explicações: esse negócio de Orkut é ótimo porque a gente sai adicionando as pessoas e elas imediatamente viram nossos melhores amigos! kkkkkkkkk E eu sou muito cínica mesmo...

Tá bom, não é cinismo (que palavra feia!). É que, em nome da boa convivência e da felicidade alheia, algumas regras precisam ser respeitadas. Assim, fazer com que alguém permaneça na ignorância acerca de determinados fatos que aconteceram em sua vida (e que a pessoa nem percebeu) é uma demonstração de apreço e amizade, uma vez que o conhecimento da verdade pode trazer prejuízos irreparáveis (e desnecessários, diga-se de passagem...). A verdade inteira nem sempre é mais importante: meia verdade às vezes é suficiente...

Aliás, já que toquei nesse assunto, se fosse pra falar realmente a verdade deveria haver troca de gentilezas entre os pares envolvidos, e não insultos e xingamentos (o que provavelmente ocorreria). Afinal, nasceram 2 casamentos! Veja como foi produtivo! A felicidade dobrou! Que maravilha! É uma pena que nem todo mundo consiga enxergar assim...

(Pronto, não tem jeito. Toda vez que eu falo nessa história acabo provocando o Capitão...)

Mas por quê comecei a falar nisso? Porque - também em nome da boa convivência e da felicidade alheia - nem todos os meus convidados estarão presentes no casamento do ano. Embora eu tenha uma inexplicada vontade de enxergar todas as possibilidades de futuro que a vida já me ofereceu reunidas num só lugar, no exato momento em que eu reinarei absoluta ao som da Ave Maria de Gonoud (ufa!), concordei com o desfalque (eu sou uma pessoa boa...), para evitar uma tragédia grega na Capela. Cadê? Estou esperando os agradecimentos! Não estou uma pessoa moderna e equilibrada?

Mas eu já gosto de relembrar coisas perdidas...

Enfim, amanhã faz um ano do meu noivado (e agora quem está esperando os agradecimentos é outra pessoa...), parabéns para mim e para o Capitão-noivo-mais-perfeito-do-mundo! E parabéns também para minha aliança linda, que me lembra todos os dias que há alianças demais nessa história e que todos nós somos os melhores presentes dados por Deus às pessoas certas (somente às pessoas certas, e pode me agradecer de novo, moça!). E coisa e tal, e tal e coisa!

É feriado e possíveis tergiversações à essa hora já pegaram a BR, portanto, concentremo-nos em Neuro, na saudade que sinto do Capitão-cozinheiro que está no quartel, nas horas que não passam e nos meus plantões sem fim.

Esse post hoje foi tão arrodeado que nem eu me lembro porque comecei a escrevê-lo...

terça-feira, 3 de abril de 2007

MEU CAVALEIRO DO AMOR...


A versão original...

Teus olhos são negros, negros, como as noites sem luar ... / São ardentes, são profundos, como o negrume do mar... / Sobre o barco dos amores, da vida boiando à flor, / doiram teus olhos a fronte do Gondoleiro do amor...
Tua voz é a cavatina dos palácios do Sorrento. / Quando a praia beija a vaga, / quando a vaga beija o vento. / E como em noites de Itália, ama um canto o pescador / Bebe a harmonia em teus cantos o Gondoleiro do Amor.
Teu amor na treva é um astro, no silêncio, uma canção / É brisa nas calmarias, é abrigo no tufão / Por isso eu te amo, querida, quer no prazer, quer na dor. / Rosa! Canto! Sombra! Estrela! do Gondoleiro do Amor.

A versão adaptada para mim...

Teus olhos são negros, negros, como as noites sem luar ... / São ardentes, são profundos, como o negrume do mar... / Sobre o barco dos amores, da vida boiando à flor, / doiram teus olhos a fronte do Cavaleiro do amor...
Tua voz é a cavatina dos palácios do Sorrento. / Quando a praia beija a vaga, / quando a vaga beija o vento. / E como em noites de Recife, ama um canto o Apocalipse / Bebe a harmonia em teus cantos o Cavaleiro do Amor.
Teu amor na treva é um astro, no silêncio, uma canção / É brisa nas calmarias, é abrigo no tufão / Por isso eu te amo, Marcella, quer no prazer, quer na dor. / Rosa! Canto! Sombra! Estrela! do Cavaleiro do Amor.

E assim começou a nossa bela história de amor...

Valeu, Castro Alves! :D