quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

CADEIA

  • O Memorial não me pagou. Eu trabalho desde dezembro e ainda não recebi um centavo.
  • Consequentemente eu não paguei o SJT.
  • Consequentemente o SJT bloqueou meu cadastro.
  • Consequentemente eu não poderei assistir às aulas deste final de semana nem fazer os minissimulados da semana que vem.
  • O simulado regional é no dia 13.
  • Não estou dando conta das apostilas (além de tudo eles são loucos e acham que a gente só tem isso pra fazer na vida: estudar as apostilas do SJT).
  • Supondo que eu vá conseguir pagar até lá, tem sentido fazer um simulado sem estudar?
  • Minha câimbra do escrivão ainda não me deu trégua.
  • Alguém tem um buraco onde eu possa me enterrar?

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

SE NÃO PODE ESCREVER, ENTÃO NÃO ESCREVE!

No dia em que a câimbra do escrivão ataca, que a mão não consegue nem segurar o lápis, quanto mais escrever, e você tem um zilhão de coisas para estudar (só pra variar...), o único caminho é:
  • Parar
  • Respirar
  • Usar o Microsoft Word
  • Esperar a crise passar

Não quero nem me aperrear dessa vez...

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

PARA QUEM NÃO É CHEGADO EM CARNAVAL...


Para quem não gosta de frevo, multidão, calor, aperto, gente feia roçando na sua pele, a melhor coisa a fazer no Carnaval é... dormir. Dormi, acordei, comi, dormi de novo. Agora acho que vou levantar para dar um jeito na casa. Talvez ainda saia à noite, se não chover, se não acontecer nada que impeça. Amanhã vou trabalhar outra vez. Mas dinheiro, que é bom, cadê? Na minha conta ainda não chegou...
Devia haver um Disk-Coca. Eu ligaria agora mesmo...

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

PORQUE VALE A PENA CHORAR


Chorei como se tivesse guardado em mim todas as lágrimas desses 26 anos. Chorei com cena de novela da televisão, com comercial de cachorrinhos, com a vida que não anda pra frente. O Capitão dormindo como se nada estivesse acontecendo. Chorei tanto que lavou a alma. Depois fui arrumar minha casa, que estava uma bagunça. Troquei as roupas de cama, vesti a camisola, fechei as portas, arrumei a bolsa de ir amanhã. Faz tanto tempo que eu não vou dormir assim, como gente normal, de banho tomado, em vez de dormir com a roupa que estava usando em casa, por cima dos livros, sem tirar a colcha nem apagar a luz. Mesmo que eu ainda tenha que acordar às 4 horas para ler sobre a doença de um dos meus pacientes. Vou fechar os olhos cheirando ao hidratante que hoje tive forças para passar. E leve. Uns 10 litros mais leve...

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

QUANDO NADA DÁ CERTO...


Para que uma coisa dê certo na sua vida, você precisa ter vontade. Quando eu quis trancar a faculdade de enfermagem para tentar o vestibular de medicina pela 5ª vez, o que me moveu foi a vontade de passar e realizar um sonho. Se não houver vontade, qualquer pequena difiuldade vai parecer intransponível. O post de hoje começa mais ou menos assim...

A semana tem 7 dias e todos os 7 eu passo dentro do hospital. Não há um final de semana sequer, não há uma mísera manhã de dia útil em que eu possa acordar e tomar café tranquilamente porque vou ficar em casa: é sempre correndo para não perder o ônibus e chegar atrasada. Sábado sim, sábado não eu chego no IMIP às 6 e meia, evoluo os meninos nas carreiras e vou andando até a Conde da Boa Vista atrás de um ônibus que me deixe no Pina; aí são mais 6 horas de aula no SJT. Sábado de Carnaval, dia do Galo, quando quase ninguém vai estar na rua Imperial e adjacências, eu vou ter que sair de casa para evoluir no IMIP e seguir direto para o Memorial Guararapes - que fica pertinho, em Prazeres - de ônibus. Até agora vou folgar na segunda, terça e manhã da quarta (sim, porque à tarde terei que estar no IMIP de novo...), mas nada está confirmado.

Então o Capitão diz: "Sim, mas quem quis isso foi você!". E ele tem razão. Quem me obrigou a fazer medicina? Quem me obrigou a escolher o IMIP? Quem me obriga a dar plantão no Memorial? E quem me obriga a fazer SJT? Posso até ter uma resposta pronta para cada uma dessas perguntas [meu sonho me fez fazer medicina; precisava rodar no IMIP para decidir onde quero fazer minha residência; preciso M-U-I-T-O do (pouco) dinheiro que o Memorial me paga; o SJT é uma ajuda para estudar para a residência], mas a verdade é que foi escolha minha e pronto. Médico tem que estudar. Tem que dar plantão de 12 horas, chegar em casa morto e ainda estudar. Acabou-se.

Entretanto, voltando ao começo, para que uma coisa dê certo, é preciso ter vontade. É assim então que eu não estou conseguindo dar conta das apostilas do SJT: uma após outra vai surgindo e uma após outra vai ficando incompleta... É assim que não leio 1/3 dos capítulos que deveria ler para o IMIP: passo o dia lá fazendo papel de peão, chego em casa abusada disso e vou dormir às 9 e meia... E é assim, seguindo essa marcha, que não vou passar em residência nenhuma e me tornarei uma médica medíocre. Acabou-se outra vez.

O Capitão tem razão quando olha para mim e diz: "Você não está estudando, depois que não passar não venha com conversa mole". Quando não existe vontade, tudo é desculpa. E eu não estou estudando.

Agora já são 5 e meia da manhã e o IMIP me espera de novo...

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

PROVA DE AMOR


Quando o Capitão sai para comprar pão e volta com uma Coca de 2 litros nova e gelada só para me ver feliz, eu chego à conclusão que: SIM, ELE ME AMA DE VERDADE... =D

Ainda sem tempo, estudando de madrugada...

Beijos!

domingo, 1 de fevereiro de 2009

DOENDO, DOENDO, DOENDO...


Dei 36 horas seguidas de plantão no último fim de semana para não precisar faltar ao curso neste domingo. Entretanto uma cólica dos infernos me fez voltar pra casa antes do final da aula. Tudo bem, 14 horas de aula já estavam mais do que suficiente...

Ainda não consegui terminar a apostila de Neuro (faltou pouco, mas às custas do abandono total dos assuntos do internato) e já chegou a 1ª metade da de Cardiologia, com suas 130 páginas de pura teoria, sem falar nas outras só de questões. Estou quase infartando, sem direito a acordar tarde em nenhum dia da semana, dentro de um hospital 7 dias seguidos, tendo que estudar para a Residência, para o rodízio no IMIP (lugar de gente doida) e ainda tendo que viver (se sobrar tempo...). Eu só queria dinheiro para tomar Coca-cola até explodir, e nem mesmo isso me é concedido!

Por isso que não adianta querer escrever no Veleiro: NÃO HÁ TEMPO. Além de tudo estou me sentindo abandonada e terrivelmente mal amada pelo Capitão, aquele homem pouco romântico com quem resolvi me casar. 12 anos e eu sentindo falta da mesma coisa. 12 anos e eu sem me acostumar com esse jeito que ele tem de gostar de mim, esse jeito que não inclui beijinho ao dormir nem ao levantar, não inclui telefonemas durante o dia para perguntar "Como vai, amor?", não inclui palavras bonitas num momento de estresse... Esse jeito "Capitão" de amar você e ficar grudado no computador, amar você e não atender o telefone, amar você e virar pro lado e dormir. Sei o que eu faço mais não...

Como reclamei dele nesse post, é bem capaz de ele resolver lê-lo (porque o Capitão adivinha e só lê os posts que podem deixá-lo chateado); melhor já adverti-lo de que muitos dos meus atuais sentimentos são fruto de um cansaço sem tamanho e de um desajuste mensal de hormônios, que produz uma cólica dos infernos e gera total falta de paciência. Ou seja: Capitão, não tem jeito, amo você e agora é pra sempre.

Tchau e até um dia que dê pra folgar de novo...