quinta-feira, 20 de novembro de 2008

PLIM-PLIM!


José Mayer e Camila Pitanga fazendo um casal na novela da tarde: isso deveria se chamar "A VIDA COMO ELA DEVERIA SER". (Adendo: sim, pessoas, eu estou assistindo à novela da tarde, porque meu rodízio de Saúde Coletiva é um marasmo...). Senão, vejamos:

  • Nem todas as médicas são lindas e tremendamente inteligentes como Camila Pitanga, uma pessoa que supostamente após 12 horas de plantão continua com os cabelos arrumadíssimos e a pele perfeita. Está tão arrumadinha que do hospital mesmo pode pegar o carro e seguir para o hotel onde o pai toca, para tomar uma tacinha de champanhe básica antes de ir pra casa e estudar a noite toda...
  • Nem todos os médicos são galantes como José Mayer (leia-se safados...), que convidam a felizarda para passar um fim de semana em sua mansãozinha em Petropólis, e levam a amada a bordo de uma BMW igualmente básica, com uma voz mansa dizendo exatamente o que ela quer ouvir...

  • Nem todos os hospitais (aliás, quase nenhum, na verdade) são tão bem equipados como a clínica do dr. César Andrade de Melo, onde a emergência supostamente vinculada ao SUS não tem uma gotinha de sangue para contar história, e o refeitório dos médicos fornece uma comidinha tão light que parece restaurante vegetariano...

Mas a vida deveria ser assim, mais glamourosa, mais chique como a novela da tarde. As pessoas deveriam se reunir todas as noites para jogar conversa fora no jardim de sua cobertura, tomando champanhe (claro...) e comendo o jantar que Ceça fez (aliás, Ceça deveria se vestir com aqueles uniformezinhos azuis elegantérrimos, e não com camisa de candidato a vereador...). Todos os zeladores de escola deveriam ter uma casa tão pobre quanto Oswaldo (o zelador da novela); aliás, eu deveria ter uma casinha pobre daquelas e ele deveria vir morar no Chico...

Por que não? Por que fazer apologia da breguice? Gente fina é outra coisa, entende? E viva o padrão Globo de qualidade!

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