quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

SOBRE MACHOS E FÊMEAS PRENHAS...



Maridos. São todos iguais, não se iludam. Uns mais magros, outros mais gordos, uns altos, outros baixos, mas, na essência, fazem tudinho da mesma maneira. Trabalham, chegam em casa e dormem (o cochilinho do final da tarde); acordam, querem comida pronta, se alimentam e voltam a dormir. Quando dá a hora certa, acordam outra vez, você pensa que talvez tenham se lembrado de lhe fazer companhia, conversar sobre as coisas, mas é mero engano: eles se arrumam e saem. Pode ser pelada com amigos, dar uma volta por aí, bater ponto na academia... Quando chegarem, já tarde da noite, vão querer comer outra vez e cair na cama.

Não estou dizendo que o Capitão faz isso por mal. Parece que há um código de conduta para maridos e as esposas não estão sabendo. Homens - ou a grande maioria deles - gostam de ficar fora de casa. Talvez os machos tenham aprendido durante a evolução que permanecer no lar é função da fêmea, para cuidar dos serviços domésticos e dos filhos. Se eles ficarem em casa, tem que haver um motivo: dormir, assistir TV, usar o computador ou comer. Ficar em casa só por ficar e bater papo sobre coisas banais do dia-a-dia, não, difícil demais.

Fêmeas - ainda mais as grávidas pesadas e doloridas - querem atenção, carinhos trocados sem motivo especial, conversas bobas. Mas acima de tudo querem a presença do macho para dar-lhes segurança, sensação de que não carregam a carga daquele filhote sozinhas nos ombros (ooops, na barriga!). Há milhares de dúvidas, incertezas, mudanças obrigatórias na vida de uma grávida. Só sabemos que depois do parto não teremos mais a mesma vida de antes, portanto muito provavelmente vamos ter que refazer nossos antigos planos, para incluir neles esse serzinho que irá depender enormemente da nossa ajuda. Se não é assim que todas as fêmeas prenhas se sentem, ao menos é assim que eu me sinto.

Mas o Capitão foi à academia, malhar os músculos que Deus lhe deu. E eu tenho que cuidar da minha vida...

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