Maridos. São todos iguais, não se iludam. Uns mais magros, outros mais gordos, uns altos, outros baixos, mas, na essência, fazem tudinho da mesma maneira. Trabalham, chegam em casa e dormem (o cochilinho do final da tarde); acordam, querem comida pronta, se alimentam e voltam a dormir. Quando dá a hora certa, acordam outra vez, você pensa que talvez tenham se lembrado de lhe fazer companhia, conversar sobre as coisas, mas é mero engano: eles se arrumam e saem. Pode ser pelada com amigos, dar uma volta por aí, bater ponto na academia... Quando chegarem, já tarde da noite, vão querer comer outra vez e cair na cama.
Não estou dizendo que o Capitão faz isso por mal. Parece que há um código de conduta para maridos e as esposas não estão sabendo. Homens - ou a grande maioria deles - gostam de ficar fora de casa. Talvez os machos tenham aprendido durante a evolução que permanecer no lar é função da fêmea, para cuidar dos serviços domésticos e dos filhos. Se eles ficarem em casa, tem que haver um motivo: dormir, assistir TV, usar o computador ou comer. Ficar em casa só por ficar e bater papo sobre coisas banais do dia-a-dia, não, difícil demais.
Fêmeas - ainda mais as grávidas pesadas e doloridas - querem atenção, carinhos trocados sem motivo especial, conversas bobas. Mas acima de tudo querem a presença do macho para dar-lhes segurança, sensação de que não carregam a carga daquele filhote sozinhas nos ombros (ooops, na barriga!). Há milhares de dúvidas, incertezas, mudanças obrigatórias na vida de uma grávida. Só sabemos que depois do parto não teremos mais a mesma vida de antes, portanto muito provavelmente vamos ter que refazer nossos antigos planos, para incluir neles esse serzinho que irá depender enormemente da nossa ajuda. Se não é assim que todas as fêmeas prenhas se sentem, ao menos é assim que eu me sinto.
Mas o Capitão foi à academia, malhar os músculos que Deus lhe deu. E eu tenho que cuidar da minha vida...
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