quinta-feira, 8 de abril de 2010

TÃO LINDINHA E DÁ TANTO TRABALHO!


"Por mais que você se prepare, não tem jeito: a vida como mãe é sempre surpreendente.
Seu filho vai te desafiar, vai te fazer chorar -- de tristeza e de tanto rir --, e vai fazer você esquecer de tudo aquilo que precisava tanto fazer. A vida que você tinha antes vai simplesmente desaparecer. E aí ele vai fazer surgir uma vida nova, muito mais complicada -- mas muito mais bonita..."

Um mês e 5 dias com Ana Luiza e parece que o mundo virou de cabeça para baixo. Nunca mais dormi uma noite toda, e ser acordada 2 a 3 vezes no meio da noite me deixa profundamente irritada. Não consigo fazer as refeições no tempo certo porque ela cismou que o melhor lugar para estar é no meu braço, all the time. Tomar um banho tranquilo, ouvindo música, escolher calmamente a roupa: tudo virou luxo. O dia termina e eu não consegui fazer nada que não seja cuidar de bebê...

O tempo sumiu. A rotina virou acordar, dar o peito, colocar Ana Luiza no braço, tentar colocá-la em qualquer outro lugar depois que ela pega no sono, correr para tentar fazer algo pra mim, ouvir um choro, dar o peito outra vez... Inocentemente achei que conseguiria organizar algumas coisas pendentes do trabalho, estudar um pouquinho, mas já se passaram 2 meses da minha licença-maternidade e tudo continua do mesmo jeito.

A beleza sumiu também. Pós-parto sobrou uma mulher com aquela típica "barriga de mãe", os pés maiores que antes (pensei que era só impressão minha, mas descobri que isso acontece de verdade!), uma lapa de quadril que benza-deus! Quando as calças conseguem vestir as coxas e a bunda, sobram na cintura. Os peitos dobraram de tamanho (e isso não é bom!), embora não estejam tão cheios de leite quanto deveriam. E o cabelo, sem comentários...

"Ter um filho não significa viver num eterno comercial de margarina. Há um monte de tarefas chatas para fazer, mais as noites em claro, uma atrás da outra, e a frustração de não saber nem por que afinal das contas ele chora tanto..."

Pois é. Porque se tem uma coisa que Ana Luiza aprendeu rapidinho a fazer, essa coisa foi chorar. Pegar o peito direitinho, com a boquinha toda aberta, isso ela não faz direito ainda não, mas chorar, abrir aquele berreiro como se tivesse acabado toda a comida do mundo, ou vivesse num mar de cocô quando a fralda está suja, meus amigos, nessa categoria minha filha é a campeã mundial. E choro de bebê é a coisa mais estressante da face da Terra. Pior quando o bebê é seu, porque não dá nem para virar as costas e sair correndo.

Eu sei que isso passa. Mas sou muito sincera e digo que ainda não alcancei o nirvana da maternidade. Ainda não posso afirmar que é a maior benção do mundo, a maior alegria que uma mulher pode ter. Mas é bom, a gente aprende que tem condições de fazer mais do que achava que poderia, perde até o medo de dirigir porque não quer carregar a filha no ônibus... Vai ficar melhor quando ela crescer só mais um pouquinho a ponto de eu poder dormir uma noite inteira, pelo menos 3 vezes na semana... Todo mundo diz isso, vai ficar menos difícil um dia...

Mas quem é que consegue resistir a um sorrisinho desses?




2 comentários:

Luciana Cavalcanti disse...

Claro, Marcella... estava muito mais legal pra ela dentro do teu buxo...! A bichinha chora com saudades da vidinha morninha e protegida... ela comia sem pedir, nem se esforçar... e, agora, precisa avisar que quer o rango! E o rango ainda vem de um lugar estranho... que ela tem que puxar...! E ela ainda começou a fazer coisas estranhas: cocô...!
A vida mudou... adaptações são difíceis... aí ela fica assim, estressadinha... mas eu saco que ela é zen... e já-já vai estar de boa. MAS... É MUITO FOFA!!!!!!!!

Lau Milesi disse...

Parabéns pela princesinha. Já passei dessa fase,mas a tenho na memória. Agora sou avó e estou revivendo esses momentos.É tudo de bom!!!

Desejo muita saúde e muita alegria a você, à princesinha e toda família.

Beijosss