Levei Ana Luiza a uma festa de aniversário ontem. Fomos sozinhas, eu e ela, de modo que nem consegui me sentar na mesa pra comer os docinhos (o que, no final das contas, foi lucro): fiquei acompanhando aquela cabrita se divertir nos brinquedos da casa de festas. Eu e as babás...
Muito complicado falar de babás. No mundo moderno elas são quase que indispensáveis, se você - mãe e mulher - quiser/precisar trabalhar fora de casa. Entendo e até me vejo à procura de uma, caso a minha empreitada de adoção dê certo. O que eu não entendo é: por que babá numa festa de aniversário? Por que não acompanhar a criança nas brincadeiras durante o evento? Será que não estamos delegando em demasia o cuidado com nossos filhos a terceiros ?
A maioria dos convidados era composta de médicas, com jornada de trabalho semanal pesada. A explicação para levar a babá até a festa era "não conseguirei nem conversar com vocês se a babá não ficar brincando com meu filho". Para muitas o domingo é o único dia de folga, o momento de respirar um pouco, se distrair. E criança em festa é um troço cansativo, convenhamos. Então o casal - pai e mãe - pode ficar tranquilo na mesa enquanto a criança corre, pula e brinca com a babá...
O problema, para mim, é que acompanhar a criança numa festa no seu dia de folga faz parte do pacote "ser pai/mãe". Quer dizer que no único dia em que eu posso espairecer com meus amigos vou ficar correndo atrás de menino nos brinquedos? Exatamente!!! Você é pai/mãe, ora bolas!! Depois que eles forem um pouco maiores - na idade de Lulu, por exemplo - a dependência diminui e você terá direito de se sentar e comer, se quiser. Mas agora não!
Não tenho a intenção de criar polêmica. Talvez seja porque passo menos tempo com Ana Luiza do que eu gostaria, por causa do meu trabalho, então não me vejo desperdiçando nenhum momento de estar ao lado dela. Talvez também porque estar abraçada com ela enquanto assistimos à apresentação da peça "Os Três Porquinhos" (encenada na festa) consegue me distrair e esfriar minha cabeça muito mais que conversar com outros adultos numa mesa. Mas esse é só um assunto para pensarmos. Cada um sabe a maneira como cria seus filhos, e nesse território não há certo ou errado. De qualquer modo, segue o trecho de uma música - muito divertida, por sinal - que escutei ontem durante o aniversário. Pensei que tinha escutado errado, mas não: a letra não falava da mãe, apenas da babá. Fica a dica...
"Chato é de madrugada
Quando tenho que acordar
Pra fazer o meu xixi
Sinto vontade de chorar
É quentinho, é quentinho,
é quentinho, é bem quentinho
Todo mundo faz, todo mundo faz
a babá já fez e o vovô ainda faz.
Não faça drama, porque eu fiz xixi na cama..."
(Funk do Xixi - Ivete Sangalo)
3 comentários:
Concordo com vc, Marcelly. Acho um exagero ter q levar babá pra todo lado. Mas cada um é cada um né... Eu mesma nunca tive babá, passo altos perrengues nas férias sem ter com quem deixar a Clara, mas assim vamos seguindo.
Beijos
OI Marcella, eu aqui sempre gostei de ir às festinhas e acompanhar as minhas filhas. A babá só ia quando a festa começava no horário que eu ainda estava no expediente, mas assim que eu chegava ela partia. Eu gosto de estar junto, de correr atrás, de ver as brincadeiras, de dar apoio e estímulo.
bejos
Chris
Inventando com a Mamãe
Oi Má!!!
Nossa, vc mudou o blog e eu nem tinha visto... Gostei viu?!
E hoje vim te visitar por aqui! Adorei esse seu post, até porque outro dia fiz esses mesmos questionamentos quando fui a uma festa e tinha babá por lá tb. E eu e o Andrio se revezando para cuidar dos nossos.
Está tudo meio estranho mesmo! Penso como vc! Está tudo meio virado e a gente é que está no lucro, acredite. Nós e nossos filhos!
Fiquei horrorizada com a música, hahaha. Jura que é verdade???!!!
Ó, estou voltando devagarinho viu?!
Saudades de vcs!
Beijos nas duas!
Ju
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