sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

SOBRE AS ESPERANÇAS DE FIM DE ANO

Ah, esse adorável clima de final de ano!... Aquela sensação irracional que tudo vai mudar na madrugada de 31/12 para 1/1!... O que seria da vida se não fossem esses deslizes irracionais?...

2014 foi um ano muito pouco promissor pra mim. Muitas decepções, nem quero lembrar quantas... E teve Maria Fernanda, que se constitui um desafio a cada dia. Sendo assim não estava animada para festas. Acabei trabalhando na noite de 24/12, mas enfim o espírito do Réveillon passou por aqui. Empolguei a família para passar o final do ano no interior, na cidade da minha mãe, com tios e primos que não vejo há uns 4 anos. Vamos viajar, afinal: 2015 precisa ser um ano diferente.

Estou aqui, terminando dezembro com os mesmos dilemas de anos atrás, minha absoluta falta de paciência com a maternidade e sua rotina, minha decisão de não querer mais bebês sob hipótese alguma... Depois de 3 anos e meio de separação, estou aguardando a data da audiência do divórcio, seguramente um dos momentos mais difíceis da minha vida. Aliás, foi por isso que resisto tanto a voltar ao Veleiro. Esse blog não nasceu na maternidade, nasceu anos antes, acompanhou cada momento da preparação do meu casamento, enfim, sou uma mulher à moda antiga, daquelas que queriam ficar com o mesmo marido até que a morte os separasse... Mas vejam só, o antigo Capitão achou uma namorada que é meu extremo oposto, e parece que finalmente descobriu o que quer na vida. A poesia acabou.

Uma mulher independente, madura, segura de si aproveitaria a oportunidade para refazer a vida. Mas esta que vos tecla é independente por força da necessidade: bate aqui dentro um coração de Amélia, que queria um marido para quem preparar a janta quando chegasse do trabalho (minha psicóloga tem vontade de se matar quando eu falo isso, mas é verdade...). Claro, ele ainda pode aparecer. Minha última tentativa foi no mínimo decepcionante, a queda foi vertiginosa, de modo que adquiri um olhar descrente sobre este aspecto... Certo, esse é um deslize irracional que não vale a pena cultivar. Veremos se 2015 muda isso.

Que venha um novo ano com muito mais oportunidades...