quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

MAIS UM RÉVEILLON...

Meu Deus, ultimas horas de 2015! Faltam menos de 120 minutos para o Novo Ano! Hora dos inevitáveis projetos de ano novo: o que de fato eu quero para 2016? Quais serão minhas metas nesse novo ano?
Parece que ficarei nas mesmas esperanças de sempre: emagrecer, comer melhor, acordar na hora certa pra não começar o dia nas carreiras... Pelo menos organizei minha vida financeira, já é meio caminho andado!
Enfim, que venha 2016!

sexta-feira, 27 de novembro de 2015

O POST DO RENASCIMENTO

Jesussss! Cadê os posts de 2015??? Pelo visto esse ano foi mais complicado que o último!

Na verdade, não foi bem assim. Foi um ano de "renascimento", se é que posso chamar dessa forma. Em abril assinamos o divórcio, e hoje - 8 meses depois - posso enfim dizer que virei essa página. Engana-se quem pensa que surgiu uma pessoa nova na minha vida: a pessoa nova sou eu mesma. Uma hora a gente chega à conclusão de que, por mais que faça falta a presença de alguém para enfrentar o dia-a-dia, esse alguém não é imprescindível. Há outras coisas mais importantes. E são essas coisas que estão garantindo a calmaria verdadeira que esse Veleiro precisava.

Maria Fernanda também não ficou mais "fácil" de criar. Pelo contrário: cada fase traz uma preocupação diferente. Agora são as "artes" de menino pequeno. E meu Deus, como faz arte essa menina! Coloca Lulu no bolso! Mas, como era de se esperar, nos apaixonamos por ela. Como sempre, não morro de amores por filho assim que ele aparece; levo um tempo, preciso me adaptar, preciso conhecer. Aquela máxima que diz "Só é possível amar aquilo que se conhece", aplica-se inteiramente a mim no que diz respeito à maternidade... Tenho a impressão de que a pior fase já passou, porque o amor torna as coisas menos pesadas. Agora é seguir em frente.

Na vida profissional, 2015 foi o ano em que a medicina voltou a ter na minha vida o lugar que havia perdido há uns 10 anos, eu acho... Esse Veleiro lembra perfeitamente quando o encanto pelo sonho de ser médica desapareceu. Eu nem sei dizer de maneira exata o motivo, talvez aquele monte de assunto que nunca conseguiu entrar na minha cabeça, os inúmeros concursos para os quais estudei e não passei, as dificuldades financeiras... Sim, não é fácil fazer a faculdade e contar os trocados, andar de ônibus, tirar xerox reduzida pra economizar! A poesia desaparece rapidinho! Depois veio o internato junto com o casamento, e este último nunca foi um mar de rosas, desde o primeiro final de semana... Algo que já estava fadado ao fracasso, só não sei como nunca vi isso antes, mas deixemos pra lá... Daí me formei e veio Lulu, e também não é novidade que não sou a típica mãe feliz das histórias... Foi muita decepção, Amilson que desistiu, a vida que virou de ponta cabeça... Masssss...passou.

Fiz terapia, isso ajudou muito. Uma terapia séria, com profissional de verdade. Não houve muitas mudanças de vida nesse ano, apenas passei a enxergar o que já existia de forma diferente. Importante ver que nem tudo é um fardo. Importante, acima de qualquer coisa, entregar a vida a Deus. Passei num concurso para médico de saúde da família pela Prefeitura do Recife, algo que nunca foi minha grande paixão, e percebi que lá eu podia fazer a diferença como médica, tendo a flexibilidade necessária para cuidar das minhas filhas como desejo. E nessa semana fui convocada para participar de 3 dias de aula no ambulatório de Gastroenterologia de um hospital universitário, outra coisa que não iria, mas de última hora resolvi fazer. E foi uma experiência magnífica!

Nesses 3 dias no hospital, lembrei que sempre gostei de estudar. Compreendi que minha cabeça não tinha a maturidade necessária para suportar as dores e delícias de ser estudante de medicina, entre outros motivos porque meu foco sempre esteve em outra pessoa (no caso, o antigo Capitão). Assistindo outra vez as reuniões clínicas - coisa que eu odiava - e observando que elas não me deixam mais estressada como antes (embora eu continue a ter dificuldade de acompanhar o raciocínio...), cheguei à consoladora conclusão de que estou no lugar certo. Não fiz a escolha errada: sou médica, e médica da família, por amor. Acho super interessante o hospital, mas quero estar lá no posto de saúde da comunidade pra tratar a hepatite B do povo e evitar que ela vire um câncer 15 anos depois. Não preciso trocar de curso, trocar de sonho: o meu já me basta. E finalmente me convenci disso.

E vejam só, quem sabe esse Veleiro volte também. Quero ler essas memórias daqui a alguns anos. Não posso deixá-lo naufragar por ter navegado em águas nervosas por algum tempo. Vamos lá, içar âncoras! Vamos ao mar novamente!E