sexta-feira, 29 de outubro de 2010

TÁ TUDO BEM E EU TÔ FELIZ!


Tá tudo bem, eu tô feliz

Take your time and live you life

Everything is on its way

And it's ok, tá tudo bem!

I'm so glad, nobody's sad

Venha ser feliz também!


(Um momentinho de felicidade na vida, já que tudo está indo tão bem, Lulu tem saúde, marido voltou a ser bonzinho, eu consigo dirigir meu próprio carro, recebi o dinheiro das férias, vixi! Se melhorar estraga! rsrsrsrs) =)

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

LUTO

Eu tinha escrito um milhão de coisas - que agora vejo não terem importância nenhuma - mas mudei tudo quando vi a notícia que Jesus levou o Théo pra morar com Ele. Duvido muito que alguém dessas blogosfera não saiba quem ele é, e estou muito triste pra explicar a sua história. Como médica, não posso dizer que não esperava por esse desfecho diante da doença que o afligia, mas é muuuuuuito, infinitamente triste saber que a medicina perdeu mais uma batalha, e uma mãe perdeu a alegria de viver. É por saber que eu não tenho estrutura emocional para suportar essas coisas que me pergunto todos os dias se a Pediatria é mesmo o caminho certo para mim...

Repito o que a Aline, mãe do Théo, disse: ele agora não tem dor nem sofrimento. E Jesus cuidará do resto. E essa história só me fez lembrar o quanto sou abençoada por ter minha filhinha com saúde, por mais trabalho que ela me dê. Obrigada, meu Deus.

Minhas sinceras orações à família do Théo. Tudo vai ficar bem.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

SER OU NÃO SER?

Sabem aqueles momentos da vida em que você não sabe se casa ou compra uma bicicleta? Tô vivendo um desses... O ano tá acabando (já tem vitrine de Natal nas lojas!...) e eu estou cheia de projetos para 2011, mas não consigo escolher um deles para tentar pôr em prática. Porque estou gostando bastante dessa história de ser mãe, mas ainda existem outras coisas que me fazem feliz (além do sorrisinho banguelo de Lulu), e eu queria respirar ares "não-maternos" no ano que vem. E quem sabe, ares "não-médicos" também...

Acho que a escolha de uma profissão não deve limitar a construção do conhecimento. Explico: eu escolhi que a medicina pagaria minhas contas, mas isso não me impede de querer aprender uma porção de outros assuntos que não tenham nada a ver com a saúde (ou a doença) alheia. Eu passo o dia e a noite escutando as lamentações dos pacientes, e mesmo que goste de ajudá-los a resolver suas queixas, vocês hão de convir que é muuuuito chato ouvir problema dos outros all day. "Meu filho tá com febre", "Minha filha tá vomitando", "Apareceu um caroço debaixo do sovaco", e blá, blá, blá. Aí eu queria, sei lá, fazer um curso, talvez até outra faculdade, de outra coisa, literatura, poesia, enfim, algum lugar onde as pessoas não quisessem me chamar de "doutora" e nem me pedissem uma receitinha azul qualquer...

Isso tudo porque aquela história da Residência foi por água abaixo mesmo. Muito trabalho e pouco dinheiro, muito tempo longe de Lulu e pouco tempo para mim. Aí me veio a idéia de sair do Posto, porque não é o que eu gosto de fazer, embora seja um dinheiro fácil de ganhar. Mas essa história de dinheiro é complicada, se eu saio de lá tenho que pegar uns plantõezinhos a mais no hospital, e sempre vai ser à noite, ou no sábado ou no domingo. E aí tem a questão que ninguém merece trabalhar no final de semana, e nesse aspecto o Posto sai na frente, porque funciona apenas de segunda à sexta, e sexta é minha folga. Aí tem a outra parte, não seria melhor continuar no Posto e sair do plantão do sábado à noite pra ficar só no da sexta de dia, podendo assim dormir sempre em casa e curtir o final de semana com a família?

Mas quanto tempo mais eu consigo aguentar nessa vida de pegar 3 conduções pra ir e 3 pra voltar, neste calor infernal que faz no Recife?

Ai, Jisuis...

E Lulu neste exato momento dorme o sono dos justos, depois de passar a tarde inteira pulando, batendo palma, dando tchau pra tudo que se mexe (incluindo folhas de árvore e o rabo do meu cachorro, Téo), enfim, curtindo a vida, sem ter questões existenciais para pensar. Ser criança é uma beleza mesmo, hein?

Até a próxima!


sábado, 16 de outubro de 2010

AS APARÊNCIAS ENGANAM E A ESTRÉIA DO "LULUMÓVEL"!

Fui comprar um lanchinho na padaria em frente ao hospital para tornar o plantão da sexta-feira menos trabalhoso. Faço isso toda semana, a vendedora já me conhece. Acontece que ontem fui com o jaleco pendurado no braço, então ela perguntou: "Você é enfermeira?". Respondi: "Não, sou médica". Aí ela fez um olhar de espanto, virou pra outra balconista e disse: "É médica... Tão simples... Nem parece...".

PAUSA. "Tão simples" no contexto quer dizer "Tão derrubada que nem parece médica"? Teria sido meu cabelo sem escova (cadê o tempo de ir a um salão?), minha sandália rasteira (porque a mulher que passa a noite indo e voltando ao berço para acalmar bebê não consegue manter um salto no dia seguinte), minhas roupas folgadas (não é nem por causa dos pneuzinhos na cintura, é pelo bem estar mesmo...), ou será que a rotina trabalho-família sem descanso está realmente acabando com a minha aparência? De qualquer forma, aquele "nem parece ser médica" não soou como um elogio pra mim (embora a coitada da balconista quisesse que fosse)...

RESUMINDO: ou os médicos daquele hospital não compram lanche na padaria ou eu tenho cara de pobre mesmo...

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Lulu agora engatinha. Do jeito dela, um pouco desajeitada, mas já consegue ir sozinha de um canto a outro, ampliar seus horizontes. E eu achando que meu sossego tinha ido embora...




terça-feira, 12 de outubro de 2010

JÁ ACABOU, FERIADÃO?

Ana Luiza inaugurou seus 7 meses com uma novidade: não dorme mais a noite toda. BUÁÁÁÁ!!! Mimatem!

No auge do meu cansaço físico, trabalhando que nem uma louca pra ver se consigo sair do Posto no ano que vem (difícil...), vem Lulu e inventa de ter pesadelos (bebês têm pesadelos?), acordar gritando, não dormir de novo e só sossegar quando é colocada na minha cama. Estou dormindo quase-nada todas as noites e isso é P-É-S-S-I-M-O!

Mas pelo que li nos blogs alheios, deve estar havendo uma epidemia de revolta nos bebês, todos sem querer dormir e as pobres mães se vendo obrigadas a desobedecer o mandamento "Não colocarás seu filho para dormir na mesma cama que você", sob pena de passarem a madrugada em claro. Será alguma conjunção astral?

Estou insuportavelmente gripada, com o nariz mega entupido, praticamente bebendo esses descongestionantes de farmácia (pessoas, não exagerem nos descongestionantes, eles diminuem muuuuito o olfato e o paladar, não é legal, não façam como eu...) e não vendo resultado. E o feriado, tão bonzinho que foi, já acabou. Amanhã vou pro Posto outra vez. Quero tanto sair daquele posto, ô, meu Deus...

Lulu já tá gritando outra vez. Essa noite promete de novo...

Posso só sentar e chorar?