domingo, 27 de junho de 2010

TUDO AO MESMO TEMPO AGORA

A correria pós-volta ao trabalho está tão intensa que é impossível postar alguma coisa por aqui.

Prometo, juro, garanto: eu volto assim que organizar minha vida novamente.

terça-feira, 22 de junho de 2010

ATUALIZANDO...


Não parei um minuto desde que minha vida de trabalhadora recomeçou. Domingo estava cansadíssima, ainda tinha jogo da seleção e Lulu aperreada com tantos fogos de artifício... Ontem cheguei em casa quase à noite, Lulu queria brincar antes de dormir, quando ela pegou no sono eu capotei na cama, nem quis jantar... Hoje cheguei mais tarde ainda, ela já estava sonhando, nem cheguei perto para não acordá-la. Estou aproveitando uma brechinha antes de desmaiar de cansaço novamente para passar por aqui.

O primeiro dia do plantão foi bem fácil. Como Lulu dorme cedo, saí de casa justamente na hora em que ela começava a dormir, sem traumas. Dei plantão sozinha, sem outra pediatra, então deixei a emergência fechada e me concentrei na sala de parto, super tranquila, só 2 normais e 1 cesáreo. Ontem Lulu acordou às 3 e meia da manhã, de modo que deu tempo de dar banho e brincar com ela antes de ir trabalhar. Mas hoje... Ela estava tão cansadinha que só acordou às 6 e meia, e eu tenho que sair nesta hora senão perco a carona do Capitão (e passo a ter que pegar 2 ônibus em vez de um só...), então não deu nem para dar o leitinho dela antes de sair... Lulu abriu um sorriso imenso, daqueles que só os bebês conseguem dar quando acordam, jurando que a gente iria brincar um pouquinho, e eu tive que entregá-la para minha mãe... Tenho certeza de que sofri mais do que ela com isso (quer coisa melhor que avó? Todas as vezes que liguei para mamãe durante o dia ouvi as gargalhadas de Lulu no telefone!), aí começou a bater aquela dorzinha dentro do peito... Mãe é mesmo um bicho besta.

Respirei fundo, botei a cabeça no lugar e raciocinei:
  • Primeiro de tudo: eu não posso ficar sem trabalhar. A vida tá difícil, o Capitão não ganha o suficiente, fiz 2 financiamentos e tenho que pagá-los, senão vou presa.
  • Segundo: amo minha profissão. Trabalho numa comunidade pobre, longe pra dedéu, e lá o pouquinho que eu faço faz uma diferença enorme. Isso leva a autoestima da gente lá pra cima!
  • Por último: mães felizes, filhos felizes, e ninguém é feliz abdicando de seus sonhos. Portanto, eu preciso continuar sendo médica.
Como o São João no Nordeste é uma grande festa, o feriado vai de amanhã (23) até domingo (27). Vou dar 24h de plantão no sábado, mas tenho outros 4 dias para ficar grudada em Lulu. Quando o tempo é contado a gente aprende a valorizá-lo, tenho certeza de que nem as crises de choro dela irão me deixar chateada. No mais eu tô feliz. E é somente isso que importa...

sexta-feira, 18 de junho de 2010

MAMÃE TEM QUE TRABALHAR...


Volto a trabalhar amanhã, no meu plantão-monstro de sábado à noite. A julgar pela chuva que não cessa de cair nessa cidade, já imagino a quantidade de menino-gripado-precisando-de-nebulização que vai chegar naquele hospital... Pelo menos pode ser que não haja muitos partos (eu pego os bebezinhos assim que eles nascem), porque inexplicavelmente as mulheres não vão à maternidade em dia de chuva. Vai saber...

Lulu vai ficar dormindo na casa da minha mãe aos sábados. Como eu já disse, dormir não é problema para ela, e como não está mais mamando não precisa necessariamente da companhia dos meus peitos minha presença. Não, não quero falar do fim da amamentação de Lulu. Ela nunca pegou o peito direito, tive fissuras dolorosíssimas, não tinha leite suficiente para aquela gulosa, sem falar que o 1º encontro dela com a mamadeira foi paixão à primeira vista. Nada disso seria motivo se eu realmente gostasse desse negócio de dar de mamar, mas a verdade é que - embora eu incentive todas as mães a tentarem dar o peito, por causa dos infinitos benefícios do leite materno - nunca vi fadinhas voando enquanto amamentava, não era um momento prazeroso pra mim e acabou não sendo para Lulu também. Enfim, nos resolvemos com as fórmulas infantis e construímos o bendito vínculo materno com beijinhos e conversas enquanto dou a mamadeira. Simples assim.

Voltar a trabalhar vai ser um gritinho de liberdade que poderei dar. Amo minha Lulu de um jeito que não consigo nem explicar, mas não é porque virei mãe que desisti do primeiro grande sonho da minha vida, ser médica. Gosto de estudar sobre o corpo humano, a-d-o-r-o pegar bebês na sala de parto, todos encolhidinhos, com as carinhas amassadas assim que nascem (cuti-cuti!), gosto de atender meus pacientes do posto de saúde. Quando trabalho sinto que estou no lugar certo. Mas - off course - vou morrer de saudade do choro de Lulu. Nesse ponto é vantagem ficar com a minha mãe, pelo menos ficarei tranquila. No mais eu posso enchê-la de beijinhos quando chegar em casa e fica tudo certo!

Estou tentando não transformar o fim da licença-maternidade num apocalipse, porque sei que o trabalho é necessário para a manutenção da minha sanidade mental, e uma mãe saudável mentalmente é muitíssimo mais benéfica para Lulu do que uma mãe desequilibrada em tempo integral. Mas acho que essa é uma decisão de cada mulher, e admiro aquelas que, nesse mundo competitivo, têm a coragem de assumir a maternidade como seu projeto de vida, doando-se integralmente ao cuidado de seus filhos. As crianças sentem quando suas mães estão felizes, independente dessa felicidade vir do trabalho ou do fato de serem mães. E se o que queremos é a felicidade dos nossos filhos, devemos primeiro descobrir o que nos deixa felizes também! (Confiram o blog da Fabi, essa postagem é ótima sobre o assunto!)

Eu volto pra contar como foi! ;-)

quarta-feira, 16 de junho de 2010

TODOS JUNTOS, VAMOS...

Tô nem aí pro Brasil nessa Copa! Já gostei muuuuuito de futebol quando tinha lá meus 12 anos e vi o tetra (ai, que velhice...), mas agora tanto faz se o Brasil vai ser hexa ou se vai voltar pra casa na 1ª fase. Entretanto dia de jogo é dia de festa, isso é que é importante! Mesmo com o temporal que cai sobre Recife, mesmo com o resultado pífio diante da Coréia do Norte (um time igualmente pífio...), é a primeira Copa de Lulu (embora ela não faça a menor idéia do que isso signifique...)! então, pra frente Brasil! Salve a Seleção! =D




segunda-feira, 14 de junho de 2010

ZZZZZZZ....


Chuva, muita chuva nesse Recife, o céu desabando nas nossas cabeças! E Lulu dormindo desde as 4 e meia da tarde...

Vejam só, O-D-E-I-O ser acordada. Tem coisa pior do que quando você está no melhorzinho do sono, aquele momento aconchegante, só você e o travesseiro, temperatura amena (sim, porque frio, frio de verdade aqui não tem não!) e chuva caindo lá fora, aí de repente o despertador toca ou vem alguém e lhe acorda? Não é de levantar abusada? Pois é. Por isso não tenho coragem de acordar Lulu pra fazer a bendita "rotina do sono". Ela já está dormindo, pô! Acordar pra fazê-la dormir outra vez? Que loucura é essa?

Desde os 2 meses Lulu dorme a noite inteirinha, das 18h até as 5 da manhã. Eu bem que mereço uma noite de sono, porque no resto do dia essa menina chora, chora e chora, com motivo ou sem motivo, na maioria das vezes só pelo prazer de chorar. Vejo os outros bebês que tem quase a mesma idade dela e eles são capazes de ficar uma tarde inteirinha brincando sem abrir o berreiro, no máximo um "Hammm" quando querem comer. Lulu não fica mais de 1 hora sem chorar. Reclama da posição, da fome, da mamadeira que acabou, do leite que ainda tem e ela não quer mais comer, reclama porque quer ir para o carrinho, porque quer braço, porque não quer mais o braço, enfim, passa o dia inteiro chorando. Mas quando vai anoitecendo e o estoque de lágrimas acaba ela vai se acalmando, esfrega o olhinho e dorme.

Hoje ela resolveu dormir mais cedo, depois de passar a tarde berrando. Talvez tenha sido a chuva ou vai ver ela não tenha se empolgado com o jogo da Itália, o fato é que fui tomar banho e quando saí ela já estava dormindo. Assim, sozinha, agarrada com a fraldinha de pano e a chupeta. O Capitão chegou, terminamos de assistir a um filme, jantamos, ele saiu para a faculdade e ela lá, dormindo. E eu aqui pensando nessa rotina...

Diz que os bebês devem ter rotinas para tudo, senão ficam desorientados e é o caos mundial. Não tenho rotinas, como na hora que tenho fome, durmo na hora que tenho sono. Não sou tão organizadinha quanto queria, nem tão preocupada com as coisas como deveria, então fico aqui olhando Lulu dormir sem banho nem massagem, em cima da minha cama, sem rolinhos, lençóis especiais, mosquiteiro, mas tão satisfeitinha com o fato de simplesmente dormir, e fico achando que às vezes a gente complica demais a criação dos filhos. E no mais eu é que não tenho coragem de acordá-la e correr o risco de vê-la desatar a chorar sem consolo! Não mexe com que está quieto!

Êita espécie de mãe que eu sou... =)

sábado, 12 de junho de 2010

PORQUE SEM ELE NÃO HAVERIA LULU! =)

É dia dos namorados, e marido é namorado pra sempre. Tá, depois que a gente casa muita coisa muda, é verdade. Tem a rotina, as dívidas, o verdadeiro jeito de ser da pessoa amada, os probleminhas aqui e ali que vão aos poucos "lapidando" a relação. Mas se é amor, ah, se é amor a gente supera!

Por isso tenho que dedicar o post de hoje ao Capitão do Veleiro! Exatos 12 anos, 11 meses e 17 dias juntos, mesmo existindo muuuuuuuita diferença entre nós dois. Na riqueza e na pobreza (muito mais tempo na pobreza que na riqueza, mas deixa pra lá...), na saúde e na doença, e agora com ou sem refluxo! E Lulu está aí, linda e abusada, pra contar a história! Eu tenho mais é que ficar feliz!

Amo você, Capitão! Muito, muito e muito!







.S.: Pensei que conseguiria ficar grudada no meu marido o dia inteiro, mas Lulu adivinhou que data era e desde cedo agarrou-se no pescoço do pai, sem querer largar de jeito nenhum. É, perdi essa parada...

quinta-feira, 10 de junho de 2010

A MÃE ORCA


Em primeiro lugar, valeu pela torcida do post anterior: marido chegou em casa quase 11 da noite e também suou a camisa para conseguir abrir a Coca. Mas homem é homem, tem muuuuito mais força que eu, então fechamos a noite tomando um copo atrás do outro e colocando a conversa em dia. Final feliz. =)

Terça-feira passada deixei Lulu com a minha irmã e fui comprar pão para comer com mortadela e coca numa padaria onde nunca mais tinha ido. Chegando lá uma conhecida - que não me via desde o ano passado - olha pra mim com um sorriso e pergunta: "E esse bebê, nasce quando?".

PÁRA TUDO! Como assim, nasce quando? Minha senhora, meu bebê já tem 3 meses! Tudo bem que eu estou uma baleia assassina ainda não recuperei o peso de antes da gravidez e provavelmente nunca vou recuperar, mas daí a pensar que eu AINDA ESTOU GRÁVIDA!!! Pelamordedeus! Deprimi. Como diz Ju, mimatem.

Tanta coisa para eu me preocupar... Só faltava essa agora...

segunda-feira, 7 de junho de 2010

NO DO OUTROS É REFRESCO!

Fim do dia e eu estava um trapo de gente: descabelada, cansada, com uma roupa horrorosa daquelas bem folgadas, que a gente só usa quando está sozinha em casa, cheirando a leite "refluxado", com dor em cada milímetro do corpo. Lulu pegou no sono, tomei banho (precisando urgentemente!), vesti minha confortável camisolinha branca de renda (que ficava mais bonita quando eu não tinha tantos quilos...) e resolvi fazer um lanchinho. Coquinha gelada, de 2 litros, pedindo para ser aberta, e eu com a minha crise de abstinência vontade habitual de bebê-la. Preparei pãozinho com mortadela, virei o copo e...

E nada. Por mais força que eu colocasse, aquela bendita tampa de rosca não abriu. Tentei com a mão direita, com a esquerda, tentei cortar o lacre com uma faca, fiz promessa pra São Longuinho: nem tchum. A garrafa continuou ali, absolutamente fechada, suando de tão geladinha mas simplesmente impossível de ser tomada. Sentei no chão e chorei Tive que comer pão, mortadela e água. Pior, só no presídio.

Fica aqui meu registro de que toda mãe merecia ter o resto de seus problemas suavizados pela vida, já que passar o dia todo cuidando de bebê já é trabalho suficiente...

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Mais um selinho! Dessa vez da Jacke, do O que tem hoje?. Esse blog é ótimo, ela tem uma família linda, com 3 filhos, e mesmo assim arranja tempo para cuidar de si mesma (e força de vontade para perder os quilinhos extras... Invejinha...).


A regra do selinho é dizer o que tem na sua bolsa. Não tem muita coisa não, porque tenho mania de esvaziar as bolsas sempre que chego em casa só pra ter que arrumar tudo na hora de sair. Por sorte fui ver a última que usei e tinha isso aí: escova de cabelo, pó compacto, um espelho em forma de bolsinha, carteira, meus inseparáveis fones de ouvido, caderneta de anotações e caneta.




O selinho vai para todos os blogs que eu sigo, todos merecem, são ótimos! Podem se animar e pegar! =)

Vou ficar aqui esperando marido chegar da faculdade, porque hoje não durmo sem tomar refrigerante!

sexta-feira, 4 de junho de 2010

VIVA A INTERNET!

Ganhei outro selinho! Que coisa boa! Estou adorando isso aqui!


As regras desse selinho são:
1) Citar o blog que lhe deu o selo, com link, e dizer o que mais gosta no blog:

Quem me deu foi a Mirella, do http://mamaepolvo.blogspot.com/, um blog super legal sobre uma Lulu tão fofinha que dá vontade de morder! =D (Sim, é outra Luis(z)a desse mundo virtual...). O que eu mais gosto são as fotos de Lulu! Gata!

2) Indicar 5 amigas para ganhar o selo:

Isso é difícil, a maioria já ganhou... Mas eu indico, mesmo assim!


3) Dizer em imagens (sem escrever nada) porque vale tanto a pena ser mãe:

Fácil, fácil...





Não sei se isso acontece com todo mundo, mas depois de Lulu fiquei um pouco abandonada de amigas do mundo real. Da turma fui uma das primeiras a casar e agora a primeira a ser mãe, parece que o povo não tem mais o que conversar comigo... Essa solidão pós-maternidade só não é maior por causa desse mundo virtual no qual me inseri, e por isso transformei o Veleiro - antes palco das minhas lamentações pessoais - num feliz barquinho transmissor de notícias de Lulu! Fico muito feliz mesmo! =D

Vou aproveitar o soninho tranquilo de Lulu para tirar uma sonequinha também... Até a próxima!

quarta-feira, 2 de junho de 2010

DOUTORA? DESCULPE, AGORA SÓ MÃE! =D


Quando um bebê nasce ele enterra a vida antiga da mãe e constrói outra totalmente diferente. Estou falando isso no bom sentido. Há um ano atrás eu era uma lascada, sem dinheiro, sem tempo feliz estudante de medicina, prestes a terminar a faculdade, cheia de planos, cheia de idéias. Nenhuma delas incluía um bebê. Mas aí Lulu achou que era hora de aparecer, aproveitou a desregulação momentânea do meu ciclo - resultado de um remedinho tarja preta básico que estava tomando para manter a sanidade mental - e deixou tudo absolutamente de pernas para o ar. Engordei (não muito durante a gravidez, mas horrores depois dela), minhas varizes pioraram 100%, tem dias em que mal consigo ficar de pé. Além de tudo isso, desde dezembro não leio nada científico, demodosque talvez nem dipirona eu saiba mais para que serve...

Mas aí vem o fim da licença-maternidade e a vida real bate à porta, com os pacientes do posto querendo de volta a doutora para assinar atestados e dispensas do serviço resolver suas mazelas, e as mães do meu plantão de pediatria, com seus filhos gripados e vomitando (parênteses: pelo menos com elas eu vou ter mais paciência , porque descobri o quão estressante pode ser um bebê chorando dentro de casa...). E volta com força total a necessidade de estudar, para atender melhor quem precisa de mim.

Agora me digam: estudar quando? À noite, depois de um dia de maratona com Lulu? Depois da jornada quádrupla mãe-esposa-médica-dona-de-casa? Ai, se a coisa já estava difícil, depois então, nem me fale!

Ainda bem que Lulu está crescendo e me dando presentinhos diários com seus sorrisinhos, chutes, curiosidades... Quer ver tudo, conhecer tudo, com 3 meses (vai completar amanhã!) já quer ficar em pé o tempo todo, "desbravando" o mundo. Está numa fase linda de saber quem eu sou, e isso me deixa muito feliz. Abre um sorrisão de manhã quando acorda e me vê, nunca pensei que fosse tão gratificante saber que você é importante para alguém, ou melhor, é o MUNDO de alguém. Porque nós, mamães, somos o mundo dos nossos filhos. Não importam os nossos defeitos, nossas limitações, nossos desesperos (eu que o diga!), aqueles bebezinhos nos amam verdadeiramente e para eles nós somos tudo! Isso me deixa tão feliz!...

Já que como médica eu não sou lá grandes coisas (e sem estudar, pior ainda!), pelo menos para Lulu isso não tem a menor importância... =D