quarta-feira, 30 de maio de 2007

NÃO TE AFASTES DO BEM COMUM!


Considerando que esse mundo está uma bosta, um conselho: faça o bem. Pode parecer clichê, mas o objetivo das pessoas deveria ser somente esse: fazer o que é certo, não importando se o resto do mundo vai agir da mesma forma. Porque qualquer um pode errar em algum momento e não vale a pena ficar julgando se esse ou aquele merece que eu faça algo por ele: o negócio é fazer o bem e deixar a vida cuidar do resto.

Incrível como as pessoas brigam por besteira! Depois que papai ficou doente e que meu casamento pode nem mais acontecer por causa disso, percebi que certas coisas são pequenas demais para se preocupar com elas. Existe uma confusão fora do comum na minha sala porque A não agiu certo numa determinada coisa, então B, ( e C e D e quase o alfabeto inteiro!) resolveu reclamar, aí E tomou as dores de A e F tomou as dores de B e a turma foi dividida em mocinhos e bandidos. Aí qualquer um se acha no direito de mandar e-mails criticando o outro, sem pensar muito no que vai escrever, como se fosse o dono único da verdade. E parece que ninguém consegue enxergar que está todo mundo errado e priu!

Para mim alguém pode até estar errado, mas isso não dá ao outro o direito da esculhambação pública via e-mail, porque qualquer um pode errar da mesma forma em outro momento. Tudo é uma questão de saber como dizer as coisas. E voltando ao início, não será porque essa pessoa errou em uma coisa que eu vou culpá-la por todos os erros do mundo desde o pecado original. Vamos ter bom senso também!

É preciso fazer o bem e trabalhar pelo crescimento do grupo, deixando pra lá pequenos deslizes - passíveis de serem cometidos por qualquer um - e evitando aborrecimentos. Eu particularmente acho injusto o que está acontecendo na minha sala. Existem pessoas sendo pegas para Cristo por outras que de santas não têm nada. E existem pessoas legais que estão sendo pouco tolerantes com outras igualmente legais e igualmente pouco tolerantes. Será que ninguém percebe que ter defeitos é inerente à condição humana???

Enfim, esse pessoal parece que não tem mais com o que se preocupar na vida...

segunda-feira, 28 de maio de 2007

PENTECOSTES


Quem se prostra na presença de meu Deus

Beberá da sua fonte e transformará no Espírito

Quem se prostra na presença de meu Deus

Se possuirá do Espírito Santo

Manda fogo meu Senhor

Fogo do céu

Manda bençãos meu Senhor

Bençãos do Céu

E me inunda com teu Espírito...

sábado, 26 de maio de 2007

QUANDO A CHUVA PASSAR, QUANDO O TEMPO ABRIR...


Hoje faltam exatamente 2 meses para o meu casamento. Infelizmente, as coisas não estão dando muito certo. Eu sabia que esse período iria ser muito difícil, pensava que teria de pagar Neuro nos últimos meses, mas nunca contei com a doença de papai. Nunca contei que ele estaria tão mal às vésperas de um dos dias mais importantes da minha vida, ao ponto de a gente não saber se ele vai estar lá comigo. E - como se não bastassem os atropelos naturais de uma noiva lisa e atarefada - os dias ainda estão sendo mais difíceis por causa disso.

Hoje, sábado, deveria fazer sol para que as obras da minha futura casa (que por enquanto ainda é como a de Vinícius) não atrasassem ainda mais; ao contrário, choveu muito e ainda chove sem parar. Tenho prova de DIP na terça com 5 assuntos para estudar, sendo que um deles tem somente 67 páginas de um livro com letra Times New Roman tamanho 9 para ler... À tarde eu vou começar (e espero terminar também) a confeccionar minha lista de presentes de casamento na Ferreira Costa, o que deveria ser uma alegria, mas nas atuais CNTP não está funcionando muito... Neste momento, enquanto posto as inutilidades que costumo colocar neste Veleiro, papai está reclamando de dor no quarto. E papai reclamando de dor faz essa leseira de blog perder o sentido, as páginas infinitas de DIP não servirem pra nada e meu casamento virar um sonho difícil...

A doença de papai vai piorando a cada semana. Não houve um só dia desde que voltou pra casa que ele não tenha sentido dor, febre e absoluta falta de disposição. As perspectivas não são boas, e não precisa ser estudante de medicina para entender isso. Desde março que papai não melhora, vamos começar junho na semana que vem. O que poderia me dar a certeza de que em 26 de julho ele estará inteiro, andando, para entrar comigo na Igreja e ainda conseguir passar a noite inteira na cerimônia e recepção?

Confio em Deus, mas sei que todo mundo tem sua hora. E sei que câncer mata. Tenho medo de o médico querer interná-lo novamente na semana que vem. É difícil não possuir plano de sáude para ter acesso a uma rede hospitalar que ao menos dê mais conforto ao paciente e seu acompanhante. De qualquer maneira papai é primariamente atendido por residentes de Urologia no HC, e residente é um médico em treinamento, está aprendendo também. Não que eu ache que a equipe não seja boa, mas eu queria que papai pudesse estar num quarto só pra ele, com um sofázinho pra mamãe se acomodar, que a comida fosse menos ruim e não houvesse buraco no teto, como nos hospitais do SUS. O HC é melhor que o Restauração, não tenho a menor dúvida disso, mas é uma pena que não possamos oferecer a papai uma assistência mais digna dele...

Que graça tem ler DIP se o evento mais importante do ano pra mim pode nem acontecer? Estudar requer muita coisa, inclusive vontade. E estou triste demais pra isso. Há alguns meses não queria pensar na possibilidade de adiar meu casamento, mas hoje, a 2 meses dele, com papai doente, tenho que voltar a essa opção. Alguém tem idéia de como estou me sentindo? Porque nem vou casar se papai não tiver condições de estar lá na Igreja, nem vou ficar feliz se ele estiver lá gemendo de dor como agora. Portanto, não há clima para festejar ultimamente...

É isso.

terça-feira, 22 de maio de 2007

ESPERANÇA


Um dia virá, e não muito longe está

Que uma luz imensa e edificadora

Abarcará a terra

Ela virá, sim!

Aos olhos do mundo,

Hoje entristecido, e desarrumado

Então voltará para o entendimento

E para o amor

Pois aquela luz chegou de perto

Acolhendo e modificando

Desendurecendo corações

Abrindo mentes fechadas

Afugentando o egoísmo e a vaidade

Todos olharão com rumo certo

Todos verão que é imperativo amar

Pois o amor está em todos impregnado

Muitos escondem com medo, com orgulho

Mas esta luz o fará brotar, como cachoeira

Derramará com energia e caridade

Tenho fé, sim, nesta grandiosa realização

Não é, acredite, um sonho vago

A energia maior está aí e abundante,

Logo alcançará a todos

Transformará a todos

Esta será a glória de Deus!

Joel



Porque o mundo está aí, cheio de violência, medo... Porque a gente hoje sai de casa e não sabe se vai voltar. Quantas pessoas que você conhece já foram vítimas de algum tipo de violência? Porque hoje a gente acha normal fechar todos os vidros do carro, não falar no celular no meio da rua, abraçar a bolsa quando anda no centro da cidade... Porque tem homem de 17 anos matando pai de família e sendo tratado como criança, enquanto as crianças de verdade aprendem a pedir nos sinais desde pequenininhas... E a gente fica com medo delas!

Só a esperança no amor, na força e na misericórdia de Deus é que pode nos fazer acordar cedo, sair pra trabalhar e ainda fazer planos a longo prazo, como se tivéssemos certeza de que vamos estar vivos para concretizá-los. Faz lembrar o Evangelho deste último domingo: Jesus ascende aos céus, mas nos deixa aqui, pra tomar conta deste mundo. E embora ter fé seja a coisas mais importantel, não adianta apenas ficarmos olhando para o alto: este mundo precisa ser mudado hoje.

Que tal começarmos a plantar o Amor dentro de nós e espalhá-lo na nossa família e no nosso trabalho? Já seria um grande passo...

Boa semana!

sábado, 19 de maio de 2007

DESEJOS DE UMA TARDE DE SÁBADO...


Que meu noivo fosse funcionário do Tribunal de Justiça, trabalhasse 6 horas por dia e não precisasse dar expediente no final de semana...

Que o 8º período tivesse acabado junto com Neurologia, mas o Internato só começasse em agosto...

Que os documentos da Igreja viessem por fax e eu não precisasse ir até lá (de ônibus) pra buscar...

Um carro, só meu, e eu sem medo de dirigir...

Que a casa já estivesse pronta, pra eu ir arrumando...

Uma bolsa de iniciação científica no Departamento de Alergia e Imunologia Clínica...

Passar no concurso do IMIP...

Voltar a digitar como antes (tudo bem, já me conformei em não escrever, mas agora a doença não está me deixando nem digitar, aí é sacanagem!)...

Dinheiro para ir ao show de Geraldinho Lins hoje...

Concentração pra terminar de estudar pra prova de terça...

Ganhar (automaticamente) um par de passagens e hospedagem grátis em hotel 4 estrelas nas Serras Gaúchas para minha lua-de-mel... :D

Que hoje já fosse dia 26 de julho!

AAAAAAAAAAAAAA

Falta de paciência!

quinta-feira, 17 de maio de 2007

Ô, SACO... LÁ VEM TUDO DE NOVO...


Eu sinto que o semestre passou quando entro no site do IMIP e vejo que eles abriram mais uma vez inscrições para o processo seletivo de acadêmicos plantonistas. E mais uma vez - a terceira, pra ser exata - lá vou eu fabricar 60 reais para a inscrição...

Os concursos do IMIP para mim já deixaram de ser "processos seletivos" há muito tempo: agora são TRAUMAS. É só ler o aviso das inscrições que dá um nervoso... É de novo o mesmo processo de ler aquela xerox horrorosa do livro e chegar na prova sem saber responder às questões. E - pra variar - o tempo é curto demais para tanto assunto. Ô, Senhor, que maldade...

Mais uma coisa pra eu pensar nesses meses tão atarefados...

Estamos na metade de maio e eu ainda não tive tempo de ir na Igreja em que me batizei (que não foi a o IPSEP, só pra facilitar as coisas...) e pegar meu batistério. Também não resolvi os convites, e na próxima semana tenho somente 4 provas (sendo 3 no mesmo dia), de modo que a solução deve ser sentar no meio-fio e chorar!!! buááááá

A noiva mais sem dinheiro da face da Terra devo ser eu. Como ainda não perdi a mania feia de fuçar fotos de casamentos alheios, fico por aqui sofrendo com a total escassez de reais na minha conta bancária... Fotos lindas, de lua-de-mel em Paris (ah, Paris...), Lisboa, Roma (com direito ao Papa na janela), ou então nas Serras Gaúchas... E a minha vai ser no IPSEP. Bom, espero que pelo menos seja na minha casa na Maria Lúcia...

Olhe, dinheiro é condição sine qua non para a felicidade, e nem tentem me convencer do contrário. Não estou dizendo que é condição única, muito menos que é fator de certeza, mas nesse mundo tudo o que é bom custa alguma coisa. Você precisa de dinheiro para o lazer, para viajar, para ter uma casa confortável, para vestir roupas que levantem sua auto-estima, para amansar seu cabelo, enfim, liso dorme, já diz o ditado. E essa vida de estudante de medicina lisa, só apanhando, sem tempo para viver e fazendo infinitas provas definitivamente cansou minha beleza!

Ô, tédio, viu?

Vou embora estudar pra bosta do seminário de Neurologia de amanhã (ao menos essa cadeira dos infernos termina na próxima semana) e parar de ficar sonhando com essas besteiras!

domingo, 13 de maio de 2007

LIGUE O F... E SEJA FELIZ!

A verdade é que nenhum de nós (seres de todos os sexos que tem até mais ou menos 30 anos) possui a invejável capacidade de dizer, de uma maneira plena, sincera, e completamente despreocupada: foda-se! Não aprendemos a deixar as coisas pra lá. Não nos foi ensinado a não nos estressar com aquelas coisas que simplesmente não podemos mudar. Nos ensinaram a nos sentirmos culpados por não poder mudar a merda do mundo. Não é a toa que nossa geração é, embora nossos pais engenheiros jamais possam vir a aceitar, muito mais estressada do que a deles.
Não que eu ache que nossos pais são os culpados por sermos desse jeito estranho. Até não são. O problema é que vivemos em um mundo que nos mostra duas alternativas: ou tu trabalha feito um condenado e não erra nunca, ou tu tá completamente fudido para sempre (são falsas, mas a gente cai nelas direitinho). Temos diante de nós um mercado de trabalho que está saturado em todas as profissões, o que faz com que o salário baixe cada vez mais, e que não consigamos ter planos pra sair da casa dos pais antes dos 30. E assim jovens de 20 anos vão tendo ataques cardíacos por causa de estafa, coisa que antes só se via em pessoas de mais de 45 anos.
Bem... precisou minha vó me dizer com todas as palavras: o problema é que vocês não sabem dizer foda-se! Quando não tem como resolver, esquece e sai pra se divertir. Quando não tem o que fazer, mesmo que tu tenha culpa, deixa pra lá. Tenta melhor da próxima vez. Isso me deixou assustado. Minha vó me mandando mandar o mundo à merda me pareceu completamente bizarro.
Mas logo vi que ela tinha toda a razão e que existem duas situações nas quais devemos aprender a dizer foda-se: nas que não temos culpa por algo não poder ser mudado, e na que temos culpa por não ter feito na hora certa e agora não dá mais tempo e não tem mais como arrumar.
No primeiro caso basta deixarmos de frescura e esquecer do negócio. Não somos responsáveis, é culpa do mundo, do acaso, da sociedade, e eles todos que arquem com isso. Ou que esqueçam também. No segundo caso, na boa... depois que tá feita cagada, deixa pra lá e pára de tentar arrumar só pra saber que tentou. É inútil igual e só serve pra cansar mais a gente.
Me perdi. Sempre me perco. Mas no fim, o importante é o seguinte: tá na hora de aprender a deixar as coisas rolar. Levamos a vida a sério demais, e ela nunca vai nos levar a sério. Ela nem mesmo tem sentido. Então vamos dizer foda-se mais vezes e ser menos tristes (pois só a ignorância traz a felicidade, e a maioria daqueles que chegam até uma página que tem um texto desses já deixou sua irrecuperável ignorância pra traz). A cada dia que passa nos perdemos mais e mais nessa rotina sem nexo que só nos faz perder a consciência que antes de existir nós deveríamos era viver.
Foda-se o mundo!
Texto de Foguinho - Jornalista de Porto Alegre - acessado em http://www.bambuzau.com.br/teste/frame.html
(Limito-me a aplaudir de pé!)

ÊITA PALAVRINHA LIBERTÁRIA ESSA!


Bem, eu tentei bastante me preocupar com Psiquiatria, mas não consegui. Li váááários capítulos sem fim do livro (tão doido quanto os pacientes que ele se propõe a curar), nada daquilo ali faz sentido para mim, eu sinceramente acho que cada doido deve ficar suas doidices ("EMA, EMA, EMA, cada um com seus pobrema"! kkkkkkkk), enfim, não dá. Não adiantou nem a estratégia dramática de vincular a nota de Psiquiatria à nota de Neuro: eu não estou nem aí pra nenhuma das duas. Sinto muito, mas não estou conseguindo ficar preocupada.

NÃO ESTOU NEM AÍ PRA P... NENHUMA!!!

A coisa mais estranha que essa rotina moderna estressante faz conosco é impôr a idéia de que devemos sempre estar preocupados com alguma coisa, pois isso é sinal de responsabilidade, sensatez etc etc. De modo que a prova de Psiquiatria deveria estar me deixando louca, afinal, se eu tirar menos que 8 e ficar com menos que 6 em Neuro (coisa, aliás, bem fácil de acontecer...), terei que fazer a final desta última com um assunto impossível. Aliás de novo, tergiversando um pouco, como levar a sério uma disciplina na qual 99% dos professores - neurologistas e neurocirurgiões com formação internacional - dizem que eles mesmos não conseguiriam responder a prova, e ainda assim o coordenador da cadeira insiste em aplicar esse tipo de teste para "avaliar" os alunos da graduação???

Voltando à preocupação, o fato de ela não estar existindo na minha cabeça nesse momento (mesmo com muito esforço) me faz pensar: será que me transformei numa aluna relapsa e preguiçosa (no único campo da minha vida que ainda não tinha sido invadido pela síndrome de Dorival Caymmi)? Estaria eu finalmente compreendendo (no 8º período) que estudar demais é um esforço inútil? A causa seria um tédio sem fim com relação à medicina, uma espécie de desilusão amorosa com o primeiro sonho da minha existência (ser médica)???

O fato é que quando as coisas não fazem mais muito sentido fica difícil. Êita que agora eu poderia escrever um tratado sobre este tema! Conheço diversas coisas que não fazem mais sentido, mesmo com muuuuito esforço, mas deixa pra lá... :D

O Náutico, ô meu Deus... O árbitro dando 7 minutos de acréscimo pra ver se o Atlético ainda conseguia fazer um gol (êita que nem juiz de futebol é honesto nesse país...). Não vou nem comentar...

Morguei total com essa do jogo agora...

Quero ver se ainda vou conseguir revisar (revisar sem estudar?) alguma coisa de hoje pra amanhã...

PUTZ! JÁ ACABOU O FIM DE SEMANA! PQP!

sábado, 12 de maio de 2007

AAAAAAAAAAAAA!!!


O que é que eu faço???

Tenho prova de psiquiatria na próxima segunda! Preciso tirar 10 nela pra tentar passar em Neuro!!! E NÃO CONSIGO ESTUDAR!!!

Ai meu Deus! Alguém me ajude!!!

quarta-feira, 9 de maio de 2007

BRASIL: EU ESTOU DE OLHO!


O ar condicionado do cinema no último sábado estava quebrado e eu tive que passar mais de 2 horas assistindo a um filme no calor. Mas agora estou feliz por ter mandado e-mails reclamando para a UCI Cinemas e para o Shopping Center Recife. Eles responderam pedindo mil desculpas pelo ocorrido, concordando com todos os meus argumentos e assegurando que isso não se repetirá. Pode ser tudo balela, mas cumpri meu papel de cidadã e estou me sentindo bem por isso.

O Brasil iria pra frente se as pessoas assumissem a resposabilidade que cada um tem com essa transformação. No momento em que eu jogo um papelzinho, por menor que seja, pela janela do carro, estou contribuindo com a sujeira das ruas e depois não terei o direito de reclamar da imundície da minha cidade. O mesmo se faz com aquele saquinho distribuído nas praias: devo levá-lo na hora em que for embora e jogar em alguma cesta de lixo. Se eu deixá-lo na areia, não terei feito nada.

Mesmo com o cinema super-hiper-ultra-mega-power lotado, não deveríamos nos aproveitar da leseira alheia para furar a fila (já que a pessoa nem notou que alguém entrou na sua frente). É questão de educação. Querer levar vantagem em tudo é o que grande parte dos brasileiros fazem, inclusive nós, se pensarmos direitinho. Por causa disso um número incontável de adolescentes já se apropriou indevidamente daqueles bombons das Lojas Americanas, e muitos se orgulham até hoje. Coisa pequena? Pra mim é roubo do mesmo jeito. E deveria ser, porque certamente é nos países mais desenvolvidos.

Não estou aqui fazendo apologia dos outros países. Sou brasileira e ninguém vai falar mal do meu país perto de mim. Mas não posso ignorar que um bom pedaço das coisas ruins que existem aqui é fruto das atitudes do próprio povo brasileiro - da massa, do povão - não apenas desses políticos safados que estão no poder. Principalmente porque muita gente se esquece de exercer sua cidadania da maneira correta. Por exemplo, eu poderia ter esbravejado e quebrado o barraco no cinema (confesso que quase fiz isso...), mas num momento de sensatez resolvi reclamar no lugar que era próprio para isso. Quando um ônibus queima a parada você tem que anotar número de ordem do veículo, dia, hora e ligar pra EMTU, e não falar impropérios para o motorista. Da mesma forma também deve cobrar que as cadeiras da frente dos ônibus sejam ocupadas apenas por idosos, gestantes e deficientes, e não mulheres gordas cheias de pacotes ou jovenzinhas que querem paquerar o cobrador (!). Isso é cidadania, que falta em muitos de nós, brasileiros.

Êita que post mais politicamente correto!

Eu quero mesmo é ser rica e feliz! :D

sábado, 5 de maio de 2007

ACONTECE QUE EU DEVERIA TER NASCIDO BAIANA...


hahahaha Pobre de Ana Carolina! Nem adiantou eu colocar "apenas isso..." no título! Mas, para esclarecer, a música do post anterior apareceu apenas porque eu estava ouvindo-a no rádio e não tinha nada pra escrever no Veleiro. Não quero ser esquecida por ninguém! Muito pelo contrário: quero que passe a vida inteira lembrando e perguntando "Será que fiz a coisa certa?"! kkkkkkkkkkk ;-)

Achei um texto ótimo! É muito enorme demais (e olha que eu cortei várias partes), mas leiam! Vale a pena!

“Não sou preguiçoso. Sou contemplativo”, disse Dorival Caymmi, certo dia, depois de tanto se sentir importunado por perguntas a respeito de sua, digamos, contemplação excessiva. Mesmo assim, o adorável menestrel do devagar-quase-parando, compositor de pérolas do cancioneiro como “Acontece que eu sou baiano”, conseguiu resumir, em duas sentenças lapidares, como a preguiça pode ser saudável e prazerosa.
De uns tempos para cá, cultivar a preguiça virou moda. Uma onda de preguiçosos assumidos assola o mundo: só no ano passado foi lançada mais de uma dezena de livros sérios sugerindo desde a vadiagem propriamente dita ao boicote ao trabalho duro. As razões parecem óbvias. Cada vez mais gente chega à conclusão de que uma agenda lotada de tarefas a cumprir num mínimo espaço de tempo não é mais motivo de status, e sim uma fonte de frustrações pessoais, além de porta escancarada para uma série de males, que vão da estafa aos ataques cardíacos.
Ninguém aqui está dizendo para você jogar todo o trabalho para cima e viver o resto da vida de papo para o ar. Mas abrir espaço para momentos de preguiça pode ser um ótimo negócio. Tanto é que até mesmo árduos trabalhadores, como pesquisadores e cientistas, também chegaram a essa mesma conclusão. Eles agora dizem que uma boa dose de indolência faz um bem danado para a saúde e, pasme, nos faz viver mais e melhor.
Então, por favor, dê uma bela espreguiçada e acomode-se. Sem culpa.
(Ah... Que delícia...)
Vamos esclarecer uma coisa: preguiça é a arte de não fazer rigorosamente nada. Isso quer dizer nada de oficialmente produtivo, bem entendido. A hora da preguiça pode ser um momento de contemplação, como ensina o mestre Caymmi. Pode ser coçar as costas por horas a fio. Pode ser tirar uma soneca. Pode ser ainda ficar deitado numa rede olhando para o céu e imaginando mil formas para as nuvens lá em cima ­ou as rachaduras do teto, se preferir. Afinal, cada um faz nada do jeito que achar melhor. O que importa é apreciar esse momento de devaneio, de recolhimento e quietude como algo que pode ­ e deve ­ ser incorporado a sua vida.
Quem curte ­e cultiva ­a arte de não fazer nada tem bons motivos para comemorar. Os pesquisadores alemães Peter Axt e Michaela Axt- Gadermann passaram anos estudando o assunto e chegaram às seguintes conclusões, publicadas no livro The Joy of Laziness (“A alegria da preguiça”, ainda sem edição brasileira): levantar cedo causa estresse e prejudica a saúde; uma soneca no meio do dia ajuda a prolongar a vida; e, se o objetivo for viver mais, então você deve evitar o excesso de exercícios físicos.
(Adorei isso!) “Assim como os animais, nós também precisamos poupar energia para assegurar uma vida longa e saudável. Devíamos fazer como os bichos: criar o hábito de bocejar mais e espreguiçar bastante para ajudar na circulação do organismo”, diz Peter Axt, porta-voz da lentidão no meio científico. Outros cientistas, estes da Universidade de Pittsburg, nos Estados Unidos, acompanharam mais de 12 mil pessoas durante nove anos e chegaram à conclusão de que aquelas que se entregavam ao repouso nas férias tinham menos chance de sofrer de problemas cardíacos.
Além de ajudar a viver mais, a moleza pode inspirar a genialidade. Pelo menos é o que garante o procrastinador convicto Tom Hodgkinson, jornalista britânico, autor do livro que carrega o sugestivo título Como Não Fazer Nada. “René Descartes não saía cedo da cama nem por um decreto. Deixaram ele ficar ali, pensando. Se ele tivesse levantado muito cedo, acabaria ocupado demais com tarefas rotineiras, e não teria tempo de perceber e propagar ao mundo a teoria de que existimos porque pensamos”, teoriza. Isso para não falar do patrono desta reportagem, Dorival Caymmi, que, dizem, sequer saiu da rede para compor algumas das mais lindas canções de que se tem notícia.
Aderir à indolência é uma arte. E, como tal, deve ser feita sem preocupações. Caso contrário, ela não trará nenhum efeito benéfico nem para a mente nem para o corpo. Mas o que fazer então? Entregar-se de corpo e alma à frouxidão total dos músculos? Deixar de trabalhar? Não é bem assim. Mas um bom passo para começar a admitir uma dose de preguiça gostosa na vida seria tentar diminuir o número de tarefas a cumprir diariamente ­mais qualidade com menos quantidade. Você já deve ter ouvido isso em algum lugar, inclusive. Demócrito, pensador grego do século 5 antes de Cristo, já dizia que ninguém pode ser feliz tendo muitas coisas a fazer.
(Eu concordo!) “Ocupe-se pouco para ser feliz”, escreveu.
Imaginar nossa vida com espaço para a preguiça pode ser meio complicado. Toda vez que estamos de bobeira, olhando para o alto, a primeira sensação que bate é “será mesmo que não tenho nada para fazer?” E vem a danada da culpa. Mas, antes de assumir a culpa de que há milhões de afazeres no mundo à sua espera e levantar-se correndo da rede, vale uma breve reflexão. São só alguns minutinhos, não se preocupe. Mas eles podem valer muito, acredite.
Trata-se de definir quais são suas prioridades na vida. É difícil, sim, todo mundo sabe. Mas, diante de tantas possibilidades, é preciso saber o que é fundamental para você ­ e não o que os outros acham que é fundamental. Procure esquecer um pouquinho os milhões de compromissos e reflita sobre seus reais valores. O que seria mais importante nesse momento: cochilar um pouco depois do almoço ou correr para terminar um relatório que pode ser entregue só amanhã? Atender ao celular ou apreciar o pôr-do-sol que vai acabar em instantes? É preciso mesmo conferir os e-mails a cada três minutos? Que sentido essas tarefas todas fazem na vida? Essas perguntas questionam a própria existência e devem ser pensadas com absoluta calma. Responder a essas e outras questões significa que você está tomando as rédeas da sua vida. E essa é a essência para abrir espaço ao relaxamento, ao devaneio, à doce contemplação. À preguiça, enfim. Não há nenhuma fórmula pronta para chegar lá ­ o jeito é exercitar. Disse certa vez Santo Agostinho, um dos fundadores da filosofia medieval: “O que é o tempo? Se ninguém me perguntar, eu sei. Mas, se eu quiser explicar a alguém, eu não sei”.


Nesse negócio de preguiça eu já estou é exagerando... Acho que levei esses conselhos muito a sério... Estudar de vez em quando também não faz mal a ninguém... :-D

terça-feira, 1 de maio de 2007

ANA CAROLINA (apenas isso...)

Vai, vê se me esquece...
Tira meu nome da lista de telefone
Vai ver que o mundo anda tão bem
Mesmo eu sem você, você sem ninguém....
Eu vou por aí , vai se livra de mim... vai ver que é mesmo assim
Não tem nada de mágoa, o caminho da água também é cheio de pedras
E o rio não pára...
Mas não tem nada de rio, de água, de pedra...
Não tem explicação... não tem nada não
Eu vou por aí,vai se livra de mim... vai ver que é mesmo assim
Eu vou seguir a luz dos faróis que me lembram seus olhos
Vai ver que eles podem me ajudar a ver que não há de ser nada...
Que nao há de ser nada...
Eu vou por aí, eu vou por aí..
Pior de tudo é que a gente ainda vai se ver, ando em ruas que não sei o nome pra me perder...
Vai se livra de mim... vai ver que é mesmo assim...