quarta-feira, 29 de setembro de 2010

ANIVERSÁRIO!

Meu dia, meu aniversário, meus 28 anos de vida! Sou que nem criança no dia do aniversário, quero fazer tudo que gosto, comemoro mesmo, não é um dia qualquer! E esse é meu primeiro aniversário com salário, viva! =D

Me dei um grande presente hoje: fui à praia com Lulu e minha mãe, aproveitar o sol que já está brilhando forte no nordeste. Mas o presente mesmo foi esse: fui de carro, dirigindo, sozinha. Têm noção do que isso significa? Lembram do meu medo de dirigir? Pois bem, fiz 6 aulas de trânsito na auto-escola, mas ainda não tinha coragem de pegar o carro e enfrentar aquelas avenidas cheias de automóveis, ônibus, caminhões, bicicletas desorientadas, e por aí vai. Aliás, nem com o instrutor a coisa estava andando direito... Ontem tive minhas 2 últimas aulas e saí arrasada. A coordenação entre embreagem, freio e acelerador não funcionou e o carro da auto-escola foi castigado por mim (tadinho...). Fiquei tão triste que decidi que não podia continuar assim. Hoje de manhã pedi para Amilson ir ao trabalho de moto e deixar o carro comigo (fiz isso no piloto automático, porque se pensasse muito a coragem ia embora), logo depois arrumei Lulu, coloquei ela na cadeirinha e disse a mim mesma: "Vai!". E eu fui!

Peguei o trânsito das 8 e meia em duas das avenidas mais movimentadas do Recife. Passei por engarrafamentos, ciclistas sem noção, fiquei atrás de caminhões, ESTACIONEI (ô coisinha difícil!), e consegui ir à praia, parar num restaurante para almoçar na volta e chegar em casa sem bater o carro, capotar ou atropelar algum pedestre desavisado (a gente tem muitos medos absurdos quando começa a dirigir...). Fiquei muito orgulhosa de mim mesma, e embora ainda não me arrisque a dirigir em certos lugares sem faixa e cheios de desvios mal assombrados (como o caminho para o posto de saúde, por exemplo), e também nem tente fazer baliza ou estacionar de ré (falta muuuito para isso...), o dia de hoje foi muito importante para colocar na minha cabeça que eu sou capaz de pegar meu próprio carro e me deslocar se for preciso. Foi o melhor presente de aniversário que eu poderia ter me dado!

Lulu, alheia a toda essa epopéia que acontecia na vida da mãe dela, apenas tratou de aproveitar o passeio e brincou como nunca. Parece que enfim ela percebeu que praia é uma coisa boa, um lugar legal, porque das outras vezes ela não tinha achado assim tãããão divertido... Foi um aniversário muito bom esse de 2010! =)

Até a próxima!




Ei, eu não bebo! Essa cervejinha aí é da minha mãe! rsrsrs

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

DESCULPA AÍ, GENTE!


Eu tenho que pedir muuuitas desculpas porque não tô passando no blog de ninguém. Gente, não deixem de ser minhas amigas por causa disso! O tempo que eu consigo ficar acordada é pra tentar estudar! Até o Veleiro está abandonado!
Ganhei um bocado de selinho e ainda não fui buscar! Desculpem por isso também! Não sou uma má pessoa, sou só uma pessoa sem tempo!
Meu aniversário é na próxima quarta! Vou me dar de presente um dia inteiro em casa, sem trabalhar, então lerei blogs e escreverei no meu!
Por favor, perdoem! Ai, como eu queria que o dia tivesse um milhão de horas!!!

domingo, 19 de setembro de 2010

DOMINGO...

Domingão em casa, sem sair pra canto nenhum, só eu e Lulu (papai teve que trabalhar. Nem tudo é perfeito...). Trabalhei muuuuuito na sexta-feira (talvez o pior plantão de 24h da minha vida!), mas pelo menos folguei o final de semana inteiro, algo que há muito tempo não acontecia. Lulu tá com um febrão danado, tomou as vacinas de 6 meses ontem e teve reação, passou a noite e a manhã chatinha, chorona e com quase 39º de temperatura... Depois do antitérmico conseguiu dormir e até acordou melhor, mas continua querendo somente o colo da mãe. Isso tornou o dia mais gostoso (PAUSA: claro que não estou feliz por minha bebê ter febre, mas o momento dengo mútuo foi legal!).

Preguiçar, cuidar da casa, assistir TV com Lulu no colo: ai, como eu queria poder fazer isso todo dia!... =)


domingo, 12 de setembro de 2010

A PRIMEIRA GRIPE DA VIDA

E a gripe pegou Lulu, pela primeira vez na vida, trazendo consigo aquele narizinho entupido chaaaato... Pobrezinha da minha bebê. As últimas noites têm sido bem complicadas, Lulu não consegue dormir porque o nariz está congestionado, não consegue chupar a chupeta porque precisa respirar pela boca, chora, chora, chora... Na madrugada dá mesmo é vontade de correr pra Emergência e gritar "SOCORRO! CHAMEM UM MÉDICOOOO!!!". =D

Esta noite ela dormiu até melhorzinha. Ontem foi aniversário do papai, passamos o dia num clube de campo, cheio de árvores e bichinhos. Lulu adorou, distribuiu sorrisos, esqueceu a coceira do nariz, exceto quando mamãe limpava a coriza com uma fraldinha... Conseguiu dormir no berço, mesmo febril, acordou só para tomar um leitinho e receber carinho (sim, eu dou manha à minha bebê, posso?). Eu havia trocado meus plantões do sábado por causa do aniversário de Amilson, o que acabou sendo ótimo porque permitiu que eu passasse o dia e a noite grudada na minha filhinha dodói. Vou trabalhar neste domingo à noite, Amilson vai ficar com Lulu, mas acho que ela já estará bem.

Minha chefe no hospital ofereceu a alternativa de eu assumir o plantão da sexta-feira, das 7h às 19h, e continuar no sábado à noite. Dessa forma eu poderia voltar pra casa na sexta, dormir com Ana Luiza e passar o dia do sábado com ela e o pai, saindo só à noite (quando em geral ela já está dormindo) e voltando logo no domingo de manhã. Resolvi fazer essa nova experiência, já que na sexta é minha folga do Posto. Além do mais, o normal do ser humano é trabalhar de segunda à sexta e folgar no fim de semana. Espero que seja menos traumático...

Meu real objetivo é pagar a maioria absoluta dos meus débitos até o final do ano, para que em fevereiro de 2011 eu consiga pedir exoneração do Posto e ficar só com os plantões. Trabalhar menos, ganhar menos, mas ficar mais tempo com Lulu no seu 2º ano de vida, quando as descobertas são inumeráveis. Isso me permitiria estar menos cansada à noite e conseguir estudar (ainda pretendo fazer Residência um dia...), pelo menos teoricamente... Por isso, embora doa muuuuito, tenho que continuar trabalhando esse tantão para juntar o dinheiro necessário e saldar as dívidas. Vou colando os caquinhos do meu coração e seguindo em frente (ô bicho dramático é mãe...).

Obrigada às minhas novas leitoras, sejam bem-vindas e voltem sempre! Adoro o Veleiro e estou gostando cada vez mais de conhecer gente nova! E Juliana e Carol, agradeço pelos selinhos! Postarei em breve!

Por último, fotos da Lulu gulosa comendo laranja. Só não come pedra porque ainda não tem dentes... :) Beijão a todas!




sexta-feira, 3 de setembro de 2010

PORQUE TALVEZ LUGAR DE MÃE SEJA MESMO EM CASA...

Comecei a dar plantão de 24h no sábado porque as coisas apertaram e o salário ficou curto demais. Na verdade antes da minha formatura eu e Amilson vivíamos na pindaíba tínhamos muuuuitas dificuldades financeiras, morávamos num apartamento péssimo, com uma vizinhança igualmente péssima, andávamos de ônibus (bem, pra ser sincera eu ainda ando, MAS ISSO VAI MUDAR EM BREVE!!!) e comprávamos só o estritamente necessário. Quando me formei tudo mudou, porque todo mundo precisa de médico e emprego sempre aparece (não é um emprego com "E" maiúsculo, mas paga bem!). Acontece que a que vos tecla quis ter tudo o que sonhava de uma só vez, e endividou-se pra valer. Além do mais, quem tem filhos sabe o quanto essas criaturinhas gastam. É um poço sem fundo!

Pois bem, trabalhar 4 dias na semana, manhã e tarde, onde Judas perdeu as botas, e temporariamente dar plantão 24h no sábado pareceram ser opções razoáveis para estabilizar as contas. Marido concordou, tudo em perfeita ordem. Aí veio esse bendito coração de mãe mudar todo o rumo da história...

Descobri que minha cabeça sempre esteve psicologicamente preparada para ficar o dia inteiro longe de Lulu, desde que isso fosse de segunda a quinta, conforme combinado previamente. Não haveria espaço para trabalho no final de semana, sexta, sábado e domingo seriam os dias em que eu e ela poderíamos matar as saudades uma da outra, e eu poderia brincar de mãe, em vez de brincar de médica. E não só minha cabeça pensava assim, como também a cabeça de Lulu. Então no primeiro sábado em que eu saí às 6 e meia da manhã Lulu ficou me olhando como se dissesse: "Mamãe, você não vai ficar comigo hoje?". E isso quebrou meu coração em mil pedacinhos. Amilson passou o dia com ela e a levou à casa da minha mãe, para distrair. E eu fiquei o sábado inteirinho com uma sensação horrível...

No último sábado Lulu chorou e quis ficar no meu braço o tempo todo, sem deixar que eu trocasse de roupa para trabalhar. E ficou chorando no carro quando foi me levar ao hospital. Aí eu cheguei no plantão e disse à minha chefe que não vou mais trabalhar 24h, vou ficar só com o meu plantãozinho da noite e danem-se as dívidas, pago como puder. E ela riu. Falou que ficou grávida durante a Residência e que a filha dela passava o dia com a avó, mas depois de adulta fez terapia e preencheu esse "vazio". Só que eu não quero pagar terapia para Lulu quando ela tiver 15 anos para tentar construir algo que deve ser construído na infância. Quero não!

Muito dura essa vida de mulher que precisa sempre escolher entre carreira e família. Talvez a história da mulher querer sair de casa e trabalhar fora não tenha sido assim tããão boa. Porque eu sempre quis ser médica, gosto muito de estudar e ajudar pessoas doentes, mas o que eu queria mesmo nesse momento da minha vida era ficar em casa e cuidar de Lulu. Nem na sexta-feira eu consigo fazer isso integralmente, porque sempre tem alguma coisa pra resolver, alguma conta para pagar no banco, esse bendito tratamento dentário que fui obrigada a fazer porque a dor de dente já estava me deixando louca... Lulu hoje nem quis passear olhando o mundo, ficou chorando e só se calou quando virei o carrinho e a deixei olhando pra mim. Parecia que ela estava com medo de que eu fugisse. E dormiu abraçada comigo na cama, brincando com os dedos da mão. Nem precisou cantar... Tá completando 6 meses de vida hoje, virando uma mocinha de verdade, e parece que aprendendo a sentir minha falta. E eu descobrindo que a única parte da minha vida que tem importância é quando estou ao lado dela...

Mas tenho que trabalhar ainda durante todo o mês de setembro porque já me comprometi com as outras médicas, só em outubro volto à rotina de antes. É uma pena que o salário de Amilson não dê pra segurar as pontas, porque eu acho que se pudesse também sairia daquele posto de saúde - que é um total atraso de vida - e ficaria só no plantão (para não esquecer os anos que passei na faculdade). Infelizmente, amor de mãe não paga a fatura do cartão...

Mulheres que puderam largar seus empregos e viraram mães em tempo integral: vocês é que são felizes!